Pesquisa eleitoral revela possível fim de governo Netanyahu em Israel

Pesquisa eleitoral revela possível fim de governo Netanyahu em Israel

Netanyahu Says He’s Innocent. Will Israel Believe It? | TIME

 

Atual primeiro-ministro israelense perderia em todos os cenários; entenda

Se as eleições em Isael ocorressem hoje, o governo de Benjamin Netanyahu estaria com data para acabar. É o que revela a mais recente pesquisa eleitoral realizada pelo Instituto Midgam em parceria com o Ipanel, divulgada pelo Canal 12, emissora de televisão israelense.
Os números apontam para o aumento da reprovação do governo em Israel. A pesquisa levantou diferentes cenários. Um deles, com a participação apenas de partidos que ocupam cadeiras atualmente no Parlamento. O Likud, de Benjamin Netanyahu, conseguiria apenas 24 cadeiras das 61 minimamente necessárias para a reeleição. Os Democratas, de Yair Golan, somaria 16 cadeiras, seguidos pelos partidos Há Futuro, de Yair Lapid, Campo Republicano, de Benny Gantz, e Israel Nosso Lar, com Avigdor Lieberman, cada um com 14 cadeiras, de acordo com a pesquisa. Na composição, seriam 52 cadeiras para a coalização e 63 para o bloco da atual oposição, sem contar os partidos de eleitorado árabe Hadash-Ta’al, com 5 cadeiras, que não deverão participar do próximo governo – independentemente de qual seja.
Num segundo cenário, incluindo o partido “Bennett 2026”, liderado pelo ex-premiê Naftali Bennett, que já anunciou candidatura, ele somaria 23 cadeiras, uma a mais que Netanyahu. A composição daria 49 cadeiras para o bloco da coalização contra 66 cadeiras do bloco da atual oposição. Mais uma derrota para Bibi.
Para João Miragaya, assessor do Instituto Brasil-Israel (IBI) e mestre em história pela Universidade de Tel Aviv, a derrota de Netanyahu não só aconteceria em todos os cenários, “como tem números muito negativos quanto à sua gestão e confiança da população”.
A pesquisa de opinião pública buscou saber da sociedade israelense o sentimento com relação ao Catar, após o avanço das investigações no caso que vem sendo chamado de CatarGate. Quase 60% dos entrevistados consideram o Catar um país inimigo, pensamento contrário a apenas 17% dos entrevistados. Entre os eleitores do Likud, partido de Netanyahu, 62% acreditam que o país é inimigo de Israel.
“O CatarGate é um escândalo que envolve a suspeita de que assessores próximos ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, receberam dinheiro para criar uma imagem positiva do Catar dentro de Israel. O caso ganhou grande repercussão por envolver figuras políticas influentes e por suas possíveis conexões com o financiamento ao grupo terrorista Hamas”, explica Miragaya.
Na pesquisa, 58% dos entrevistados consideram o caso como algo problemático, enquanto apenas 11% não considerava um problema.
Para o historiador e assessor do IBI, o levantamento traz um sinal claro de mudança próxima ao país. “A mesma pesquisa aponta para o crescimento da esquerda, que se consolidaria como a terceira força no Parlamento, e o apoio maciço ao fim da guerra em troca da libertação de todos os reféns, na mão contrária do que aposta o atual governo”, esclarece Miragaya.

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