Viúva de Gal Costa manda retirar do túmulo flores e placa com identificação feita por fã da cantora
O Conexaoin foi investigar um fato no mínimo estranho, que está acontecendo com as flores, objetos e placas de identificação, que fãs e admiradores da cantora Gal Costa levam até o túmulo onde repousam os restos mortais da maior cantora do Brasil.
Um deles, Remato Barreto, 42, artesão paulista, disse ao Conexaoin que se decepcionou muito ao saber que a placa de madeira que ele mesmo escupiu com a assinatura de Gal Costa, mensagem e data de nascimento e morte, levada por ele no dia 27 de abril fora retirada do local a pedido de Wilma Petrillo, aos funcionários do cemitério.
Feita com carinho pelo artesão e fã
Com o uso da técnica de pirografia, ele esculpiu: “Coisas Sagradas permanecem. Nem o demo as pode abalar. Espírito é o que enfim resulta. De corpo, alma, feitos, Cantar”, trecho da música “Recanto Escuro”, composta por Caetano Veloso, que faz parte de Recanto, trigésimo álbum de Gal Costa, lançado em 2011.
Nas fotos, Renato aparece todo feliz e atrás dele é possível ver que existem três nomes escritos no mármore roséo do mausoléu: Antonio Camargo Franco, Marcelo Cardoso e Witalina Ramos Coelho. Pelo que o Conexaoin apurou, tratam-se de parente de Wilma Petrillo.
Paixão por Gal Costa
Renato conta como começou a paixão pela Gal Costa. O seu pai tinha uma fita cassete e a cantora foi a porta de entrada definitiva no gosto pela música brasileira. O primeiro show que ele assistiu foi o Acústico MTV, 97. Fui a todos os shows que pude e o mais importante de todos: “Doces Bárbaros”, no Ibirapuera, em 2002. “Gal é minha referência máxima na música, minhas memórias afetivas passam inevitavelmente pela Gal. Assistiu também “Recanto”, “Espelho D’Àgua e “Estratosférica”, com participação de Milton Nascimento, na praia de Copacabana. Apesar de pouco saber dela pessoalmente, eu a sentina uma amiga querida e próxima, tamanha doçura, diz emocionado.
Pequeno, escondido e sombrio
Segundo conta Renato, todas as vezes que ele foi ao pequeno e escondido cemitério Ordem Terceira do Carmo, localizado no bairro da Consolação, em São Paulo era preciso tocar uma “campainha”. Demora um pouco, um dos funcionários atende a porta e mostra aonde está o jazigo.
Tumulo sem identificação
Até hoje, passados 7 meses, não há qualquer menção à cantora, salvo uma foto ou outra, fixada de fita adesiva por algum admirador, que o tempo, o vento e a chuva terminam por arrancar.
Gal queria ser enterrada no jazigo que comprou para sua mãe Mariah
Todos os amigos da cantora falaram à imprensa, na época da morte da cantora, ocorrido em 9 de novembro de 2022, que Gal desejava ser enterrada ao lado da mãe. Ela comprou um jazigo perpétuo em 1993, após a morte da mãe, Mariah Costa Penna, no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. Na época, o túmulo custou cerca de 50 mil dólares. Mas, a viúva ignorou todos os pedidos.
Diante desses fatos, perguntas ficam no ar: A quem interessa que Gal Costa permaneça em um tumulo sem identificação? Porque as manifestações de afeto e admiração são retiradas e jogadas no lixo?
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