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Alerta máximo: Cratera em Maceió pode acontecer a qualquer momento

 

 

Um abalo císmico foi sentido em maceió na noite da sexta-feira 1º. O tremor de terra a 330 metros de profundidade, na região em que fica a mina explorada pela Brasken e que está sob risco de colapso. O evento sísmico teve uma magnitude de 0,39 Ml. O fenômemo foi captado por três sensores instalados no bairro do Mutange.

 

 

Segundo a Defesa Civil do estado, os sensores continuam a apresentar alertas de movimentação. O Centro de Monitoramento segue em alerta máximo.

O risco de rompimento ocorre em uma mina aberta pela petroquímica Braskem. O possível colapso abriria uma cratera gigante em uma área desabitada do Mutange, localizado às margens da Lagoa Mundaú.

 

                                    Industria da Brasken

 

Cratera gigante de 300 metros de diâmetro

Caso ocorra os que os estudiosos preveem, uma cratera do tamanho do Estádio do Marcanã. A largura máxima da cratera que pode ser aberta em um colapso de mina explorada pela petroquímica Braskem em Maceió é de 300 metros de diâmetro, segundo a Defesa Civil de Alagoas.Parte do colapso deve atingir Lagoa Mundaú.

 

                                     Buracos já apareciam no asfalto

 

Evacuação

A evacuação dos arredores da mina foi determinada pela velocidade de afundamento do solo na região, que hoje é de 50 centímetros por dia. Uma nova projeção de hora de colapso deve ser divulgada pela Defesa Civil em breve. A previsão inicial era que a mina colapsasse por volta das 6h da sexta-feira, 1, o que não ocorreu. Há possibilidade de um tremor de terra no momento do colapso, mas ele não deve afetar prédios estruturalmente saudáveis.

Em 2018, os primeiro sinais de alerta 

A ameaça de uma tragédia sem precedentes assombra Maceió desde 2018, mais especificamente  os 40 mil moradores dos bairros Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e Farol, em Maceió. Atendendo a um apelo deles, no fim de 2019 o Conselho Nacional de Justiça se engajou na busca por uma saída negociada e conseguiu mediar um acordo firmado entre os Ministérios Públicos Estadual e Federal, Defensorias Públicas Estadual e da União e a petroquímica Braskem.

Homologado pela Justiça Federal no penúltimo dia de 2020, o compromisso é o segundo aditivo de um acordo firmado um ano antes, fruto de uma ampla negociação mediada pelo CNJ, e define de vez a responsabilidade da Braskem em relação às famílias desalojadas pelo desastre em curso.

O termo “Caso Pinheiro” foi ouvido pela primeira vez no CNJ durante a reunião extraordinária do Observatório Nacional sobre Questões Ambientais, Econômicas e Sociais de Alta Complexidade e Grande Impacto e Repercussão realizada em 24 de junho de 2019, com as presenças do então presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli, e do presidente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Antônio Augusto Aras, no Memorial do Ministério Público Federal, em Brasília.

 

POR: Rita Moraes
Publicado em 02/12/2023