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Farmacêutica alerta sobre a importância do descarte correto de medicamentos

Brasil deu início à campanha “Não Usou, Descartou” neste mês de abril e visa a aumentar o descarte feito em 2023, que foi de 600 toneladas;
Ana Patricia P. Queiroz, coordenadora do curso de Farmácia da Faculdade Unime Anhanguera Salvador afirma que jogar medicamentos no lixo comum oferece riscos à saúde e prejudica o meio ambiente
Segundo dados recentes do Conselho Federal de Medicina, o Brasil é um dos países que mais consomem medicamentos no mundo. Entre os mais ingeridos estão os anticoncepcionais, analgésicos, descongestionantes nasais e anti-inflamatórios, os quais não precisam de receita médica.

 

Como forma de ampliar a quantidade de medicamentos descartados do jeito certo no comparativo com o ano passado, o País deu início neste mês de abril, à campanha “Não Usou, Descartou”. Em 2023 foram mais de 600 toneladas coletadas corretamente. Além dos medicamentos, as embalagens em que são armazenados devem ser entregues às farmácias, como cartelas de pílulas e comprimidos, garrafas de xarope, inclusive os copinhos e seringas medidores. Só a caixa de papelão e o papel da bula podem ser jogados no lixo reciclável.
Segundo a farmacêutica Ana Patrícia P. Queiroz, coordenadora do curso de Farmácia da Faculdade Unime Anhanguera, a melhor forma de descarte é através de programas de coleta específicos, geralmente oferecidos por farmácias comunitárias ou órgãos públicos. Esses programas garantem que os medicamentos sejam descartados de forma segura e ambientalmente responsável. Além disso, a docente alerta que materiais cortantes ou pontiagudos, como agulhas, podem ser descartados nas unidades básicas de saúde.
Ana Patrícia alerta que esse contexto é um fator que precisa de uma conscientização social, pois jogar medicamentos no lixo comum oferece riscos à saúde e prejudica o meio ambiente.

 

“O descarte inadequado de medicamentos pode representar sérios riscos para o meio ambiente e para a saúde humana. Os medicamentos contêm uma variedade de substâncias químicas, incluindo ingredientes ativos e excipientes, que podem ser prejudiciais quando liberados no meio ambiente. Quando os medicamentos são descartados no lixo comum, eles podem acabar em aterros sanitários, onde as substâncias químicas presentes nos medicamentos podem se infiltrar no solo e contaminar as águas subterrâneas, lençóis freáticos e águas superficiais. Isso pode ter impactos negativos na biodiversidade, na qualidade da água e na saúde de organismos aquáticos e terrestres. Portanto, é essencial que esse descarte seja feito em locais autorizados, como postos de saúde, algumas farmácias e drogarias”, orienta.
O descarte correto dos produtos está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, por meio da Lei nº 12.305, de 2010. A regulamentação para medicamentos domiciliares, vencidos ou em desuso, foi feita em junho de 2021, por meio do Decreto nº 10.388/2020. A lei determina que todas as empresas envolvidas com o comércio de medicamentos, desde a fabricação à distribuição, são obrigadas a implementar e operacionalizar sistemas de logística reversa.

 

A farmacêutica também explica que, em geral, as empresas responsáveis pela coleta desses medicamentos realizam a neutralização das substâncias, quando necessário, e posterior incineração.

 

A especialista destaca ainda a importância dos cuidados em utilizar medicamentos após o vencimento. “A data de validade de um medicamento é definida através de inúmeros testes que avaliam a estabilidade das substâncias presentes na formulação. Ou seja, após esta data, não há garantia da segurança e eficácia do medicamento. Sendo assim, eles podem perder o efeito a longo prazo, ou, em alguns casos mais raros, podem causar efeitos tóxicos no organismo. Esses medicamentos também devem ser descartados nos lugares adequados”, ressalta.

 

Por fim, a farmacêutica dá algumas orientações sobre o descarte. Confira:

  • Procure a farmácia ou drogaria mais perto da sua casa e pergunte se recebem remédios em desuso, sejam comprimidos, cápsulas, xaropes, cremes, pomadas etc. Caso não receba, pergunte onde descartar esses materiais sem risco de contaminação;
  • Evite descartar medicamentos vencidos ou não utilizados no lixo comum, pois isso pode representar riscos de contaminação do meio ambiente e até mesmo ser perigoso para pessoas ou animais que possam entrar em contato com eles;
  • Para descartar agulhas ou lancetas usadas no tratamento de diabetes ou outras doenças, é importante um recipiente rígido que possa ser lacrado como uma garrafa pet. Há hospitais e postos de saúde que recebem esse material para o descarte adequado;
  • Bulas e caixas vazias podem ser coletadas diretamente para reciclagem com o lixo convencional;
  • Fique atento à validade e às condições de armazenamento dos medicamentos para garantir sua eficácia. Tomar remédios vencidos pode causar complicações;
  • Evite descartar medicamentos na pia ou no vaso sanitário, pois eles podem contaminar a água potável e o meio ambiente.

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POR: Rita Moraes
Publicado em 11/04/2024