Praticantes de Jiu-Jitsu pedem basta à violência contra a mulher

Praticantes de Jiu-Jitsu pedem basta à violência contra a mulher

No Brasil, ser mulher é um ato de resistência. De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), o país ocupa o 5º lugar no ranking mundial de feminicídio, perdendo apenas para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia. Na pandemia da Covid-19, o número de mulheres agredidas cresceu ainda mais. Segundo relatório produzido a pedido do Banco Mundial, os casos de feminicídio subiram 22% em 12 estados durante o período de confinamento.

Na Bahia, os indicadores são preocupantes: os casos de feminicídio cresceram 150% em maio, em comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Inspirada pelo desejo de mostrar que o Jiu-Jitsu não é sinônimo de violência e para se posicionar contra comportamentos abusivos e agressivos, a marca baiana Zeux for Legends lança nesta sexta-feira, 24, a campanha “Eu digo basta”, incentivando mulheres praticantes de Jiu-Jitsu a publicarem fotos em suas redes sociais dizendo basta à violência contra a mulher e republicando o conteúdo nos perfis da empresa.

“Somos uma marca para todos e todas. Incentivamos as mulheres a ocuparem os tatames e praticarem um esporte que as possibilite defesa, especialmente o Jiu-Jitsu, pois acreditamos ser, nesse quesito, o mais eficaz. Com essa campanha, queremos mais uma vez reforçar que a arte suave não compactua de agressão. Aqueles que verdadeiramente vivem o esporte também não aceitam esse comportamento criminoso. Mais do que isso, queremos incentivar que mais mulheres se interessem pelo Jiu-Jitsu e o vejam como forma de autodefesa e estilo de vida”, pontua Matheus Ferreira, faixa preta de Jiu-Jitsu e sócio da Zeux.

Especializada em roupas e acessórios para Jiu-Jitsu, a Zeux nasceu lutando por igualdade. “O Jiu-Jitsu é um esporte que tem como base o equilíbrio. No tatame, aprendemos disciplina, respeito e resiliência. É uma arte marcial que não tolera abusos. Batalhamos muito para que o esporte que tanto amamos não seja associado a qualquer tipo de comportamento violento”, afirma Rafael Sampaio, praticante da arte suave e um dos idealizadores da marca baiana.

Mulheres que já conhecem a marca e acreditam no estilo de vida trazido pelo esporte comentam sobre a campanha e sobre o que é a verdadeira essência da arte suave. “O Jiu-Jitsu é mais do que um esporte: nos ensina formas de autodefesa e possibilita que sejamos ainda mais fortes e empoderadas”, diz a praticante Debora Rezende. “Uma campanha como essa permite mostrar nosso orgulho em viver o Jiu-Jitsu e, também, preza pela igualdade dentro e fora dos tatames. Não podemos nos calar diante de posturas abusivas e criminosas. É preciso que a sociedade se mobilize pela igualdade de gênero e pelo fim da violência contra a mulher”, reforça Camila Giuliani, que também escolheu a arte suave como estilo de vida.

Sobre a ZeuX

Com o propósito de representar os atletas que se dedicam à prática do Jiu-Jitsu, a marca baiana Zeux chega ao mercado com uma linha exclusiva de roupas e acessórios especializados para o esporte. Idealizada pelos empresários baianos Rafael Sampaio e Matheus Ferreira, a fightwear tem como objetivo despertar uma nova visão sobre a arte suave e possibilitar que os jiujiteiros estampem no peito sua paixão. A Zeux conta hoje com quatro linhas principais: camisas; rash guards para treinos e competições; kimonos; e acessórios, tais como bonés estilizados e almofadas, simuladores de pegada, entre outros.

Contatos

Site – www.usezeux.com.br

Instagram – www.instagram.com/usezeux

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