Polícia prende suspeito da morte de engenheiro, em Ribeirão Preto
A polícia chegou ao suspeito da morte do engenheiro Paulo Roberto Carvalho Braga Pena Filho, ocorrido em Ribeirão Preto, no fim do ano.
Osório Gabriel Souza Brito, de 28 anos, foi encontrado em Nova Iguaçu (RJ) e deve ser levado ao interior de São Paulo até sexta-feira, 19, onde será interrogado, em audiência de custódia.
De acordo com as primeiras informações do delegado, a polícia conseguiu chegar ao endereço do suspeito por meio de conversas mantidas por ele com outra pessoa. Ele estava na casa de uma namorada na cidade fluminense.
Se apresenta como “acompanhante”
Nas redes sociais, Gabriel Brito se apresenta como acompanhante, inclusive com viagens feitas a diversos estados do país. A principal linha de investigação é que a vítima, que vivia nos EUA e passava férias de fim de ano com a família em Ribeirão Preto, tenha sido morta ao ser atraída para um encontro por meio de um aplicativo de relacionamento.
A polícia pegou conversas de Gabriel por WhatsApp
Segundo o delegado do caso, Gabriel não nega que esteve com o engenheiro, mas que o deixou com outras pessoas. “Que ele estava lá com o engenheiro, ele confessa para uma determinada pessoa em determinado momento via WhatsApp. Agora, vamos interrogá-lo. Ele alega que saiu do apartamento, deixou o Beto no local com outras pessoas. Não bate com as informações que a gente tem. Para nós, está descartada [a alegação]”, diz Targino.
Desaparecimento e morte
Beto, como é chamado pela família, desapareceu na quinta-feira, 28 de dezembro do ano passado e disse que ia encontrar com amigos. Como não voltou para casa, a mãe procurou a Polícia Civil na sexta-feira, 29, após a irmã dele receber uma mensagem de um desconhecido afirmando que havia encontrado o celular do rapaz.
Na noite de sábado, 30, durante diligências para localizá-lo, a Polícia Civil chegou a um sobrado na Rua Eduardo Prado, na Vila Amélia, zona Norte de Ribeirão Preto.
Moradores de outro apartamento mostraram um quadro de chaves perto da escada. Ao abrirem um dos imóveis, os policiais encontraram Beto já sem vida. O celular dele não foi encontrado.
Apartamentos para encontros sexuais
Segundo relato de testemunhas à polícia, parte dos apartamentos é alugada a garotos e garotas de programa para programas sexuais. Os donos do imóvel moram no Rio de Janeiro (RJ) e o aluguel é feito diretamente com eles, com pagamento antecipado.
Sinais de violência
O corpo de Beto tinha sinais de violência e foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para identificação da causa da morte.
Polícia ouviu homem que alugava os quartos
A Polícia Civil ouviu na segunda, 8, o responsável pelo aluguel do quarto onde Paulo foi encontrado morto, no último dia 30 de dezembro. Para a Polícia, o responsável pelo imóvel confirmou que o suspeito que alugou o local para se encontrar com Paulo já havia se hospedado anteriormente no mesmo espaço.
Relembre o caso
Paulo Roberto Carvalho Braga Pena Filho vivia nos EUA e veio a Ribeirão Preto visitar a família para as festas de fim de ano.
Ele foi achado morto na noite de sábado, 30 de dezembro, após ficar dois dias desaparecido. O corpo, segundo a família, tinha marcas de violência.
O caso é investigado como latrocínio, que é roubo seguido de assassinato.
Motorista de aplicativo indicou o local que deixou Flávio
Somente na noite de sábado, 30, com a ajuda de um motorista de aplicativo, a vítima foi encontrada em um sobrado na região da Vila Amélia, periferia de Ribeirão Preto.
Morto tinha um cão que morava com ele nos EUA
A família do engenheiro Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho, encontrou o cachorro dele que ficou nos EUA, onde a vítima morava.
A confirmação do aparecimento do cão Loki, um bulldog francês com o corpo branco e pintas cinzas e a cabeça com manchas pretas, foi divulgada nas redes sociais por Ana Paula Braga, irmã de Paulo Roberto.