Caso Larissa: polícia prende marido e sogra pelo assassinato da professora em Ribeirão Preto

Caso Larissa: polícia prende marido e sogra pelo assassinato da professora em Ribeirão Preto

 


A investigação da morte da professora Larissa Talle Leôncio Rodrigues continua ganhando reviravoltas. Antes de morrer, ela apresentava sintomas como dor de cabeça e diarreia. Após laudos médicos, a Polícia Civil identificou indícios de envenenamento por chumbinho.

O marido de Larissa, o médico Luiz Antonio Garnica, foi preso, apontado como possível envolvido na morte da esposa.

Além de Luiz, a mãe dele também foi detida.

O caso teve novo desdobramento com a possibilidade de exumação do corpo da irmã do médico, morta em circunstâncias semelhantes.

Relembre o caso 

Luiz Antonio Garnica, de 38 anos, foi preso nesta terça-feira, 6, suspeito de envolvimento na morte da própria esposa, a professora Larissa Rodrigues, de 37 anos. A prisão ocorreu em Ribeirão Preto (SP), e junto com ele, a mãe, Elizabete Arrabaça,também foi detida sob suspeita de participação no crime. O caso, inicialmente tratado como uma morte suspeita, ganhou novos contornos após a divulgação do laudo toxicológico, que apontou envenenamento por uma substância conhecida popularmente como “chumbinho”.

De acordo com o delegado Fernando Bravo, responsável pela investigação, o comportamento de Garnicano dia da morte causou estranheza. “A forma como ele reagiu quando os policiais chegaram ao apartamento chamou nossa atenção. A Larissa já apresentava rigidez cadavérica, e ele tentava limpar o local, o que nos levou a crer que tentava eliminar possíveis provas”, relatou. Larissafoi encontrada caída no banheiro. Segundo o marido, ele tentou reanimá-la e depois acionou o Samu, que confirmou o óbito no local.

Os investigadores também destacaram o papel de Elizabeteno caso. Uma testemunha informou que ela procurava por “chumbinho” cerca de duas semanas antes da morte da nora. “Ela chegou a entrar em contato com uma amiga fazendeira perguntando se tinha a substância. Quando a amiga disse que não, ela ainda pediu indicação de onde comprar”, explicou o delegado. Essa informação fortaleceu a hipótese de que mãe e filho agiram juntos no envenenamento de Larissa.

As autoridades suspeitam que o envenenamento tenha ocorrido ao longo de vários dias. Larissachegou a relatar mal-estar a pessoas próximas, especialmente após visitas da sogra. “Ela teve episódios de diarreia e outros sintomas, e hoje entendemos que já eram sinais do envenenamento”, completou Bravo. A última pessoa a ver Larissacom vida foi justamente Elizabete, o que reforça as suspeitas da polícia.

Outro ponto investigado é a descoberta, por Larissa, de uma possível traição do marido. Amigos próximos relataram que ela estava abalada após descobrir um relacionamento extraconjugal de Luiz Antonio.A amante também está sendo investigada e foi localizada pela polícia no apartamento onde o casal morava. “Há indícios de que ele tentou criar um álibi, inclusive indo ao cinema com a amante no dia anterior ao crime”, concluiu Bravo. Mãe e filho devem passar por audiência de custódia nesta quarta-feira, 7, enquanto a investigação continua para apurar a motivação do crime e como o veneno foi adquirido.

 

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