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Prêmio Nobel da Economia atribuído a professora norte-americana Claudia Goldin

 

A norte-americana Claudia Goldin, professora em Harvard e especialista em história do trabalho e da economia recebeu o Prémio Nobel da Economia. A academia sueca distinguiu o trabalho da historiadora no estudo do papel da mulher no mercado de trabalho, com foco para a disparidade salarial entre homens e mulheres.


No seu estudo Godin chama  a atenção uma diferença entre os países europeus – Espanha, França e Alemanha, por exemplo – e o seu. Nos Estados Unidos, a disparidade de gênero é um problema entre os trabalhadores com nível universitário, em parte porque não existe a restrição de um salário mínimo oficial, e talvez porque os trabalhos mais mal pagos sejam remunerados por hora. Já na Europa a disparidade se apresenta nos extremos, desenha Goldin num papel – entre os salários mais altos e entre os mais baixos, suavizando-se entre os profissionais que ganham salários intermediários.

Cenário do trabalho feminino no mercado com alto desemprego

“Em um mercado com sindicatos e alto desemprego, parece que na parte baixa dos salários os homens estão conseguindo os melhores trabalhos, e as mulheres, os piores”, observa. E cita o exemplo de um homem que trabalha na construção, enquanto a mulher se emprega na limpeza. “Pode ter a ver com uma maior presença dos sindicatos nos setores em que há predominância masculina”, arrisca. “Nos Estados Unidos, nesse segmento de salários baixos só há trabalhos ruins e sindicatos ruins”, lamenta, jocosa.

O galardão para a Economia não é formalmente um prémio Nobel, mas é administrado pela Fundação Nobel. Desde 1969, a distinção foi equiparada às cinco categorias Nobel e premeia quem se destacou na área das Ciências Económicas.

Está é a primeira vez que o prêmio de Economia vai para uma mulher. Em 2023, os também norte-americanos Ben S. Bernanke, Douglas W. Diamond e Philip H. Dybvig foram agraciados com a condecoração a partir de estudos sobre bancos e crises financeiras realizados pelo trio nos anos 1980.

Quem é Claudia Godin?

Ela é professora de Harvard, nasceu em Nova York e tem 73 anos. Claudia Godin é pioneira na análise econômica da disparidade de gênero. Ela se destaca pelo pioneirismo em tudo: Primeira mulher professora titular no departamento de Economia da Universidade Harvard. Primeira mulher a revelar as chaves da disparidade salarial de gênero.

 

 

POR: Rita Moraes
Publicado em 09/10/2023