Na Europa, Renan Filho reafirma bandeira de investimento em infraestrutura de transportes como política de Estado
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Uma dezena de reuniões bilaterais e duas grandes apresentações – em Madri e Londres – para os maiores fundos de investimento e operadores de infraestrutura do mundo, marcaram a semana do ministro Renan Filho. Ele liderou uma comitiva responsável por apresentar a potente carteira de projetos do Ministério dos Transportes (MT) aos investidores estrangeiros.
“O Brasil é um país de instituições sólidas democráticas, um país que deseja atrair investimento privado para fortalecer a infraestrutura. O que nós oferecemos aqui, antes de tudo, são projetos rentáveis”, afirmou Renan Filho nesta sexta-feira (25), em Londres.
Na capital do Reino Unido, o destaque da agenda foi uma reunião com 40 participantes, entre bancos nacionais com representação na Inglaterra e fundos de investimento sediados na Europa, interessados em investir em infraestrutura.
“Hoje temos a maior carteira de concessões rodoviárias do planeta, nenhum país tem a quantidade de projetos que o Brasil está oferecendo à iniciativa privada”, afirmou o ministro.
Recolocando o investimento em infraestrutura como política de Estado, Renan Filho apresentou aos investidores estrangeiros oportunidades que totalizam R$195 bilhões nos próximos anos.
Jon Phillips, CEO da Global Infrastructure Investor Association (GIIA), que representa 85 dos principais investidores em infraestrutura do mundo como, por exemplo, a BlackRock, elogiou a carteira apresentada por Renan Filho.
“Dezessete membros nossos já têm ativos no Brasil. Agradeço por antecipar a apresentação de um pipeline de oportunidades”, disse ele.
De acordo com o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, que integra a missão, “quando se traz operadores internacionais, há uma qualificação do processo, que pode trazer experiências e soluções tecnológicas novas para o Brasil, o que é muito positivo”.
Anunciar e realizar
De 2023 até o fim de 2024 o Ministério dos Transportes terá realizado 11 leilões de concessões rodoviárias, com aporte de R$74,2 bilhões. Uma prova do poder de atratividade dos projetos rodoviários brasileiros é a entrada do grupo francês VINCI Highways SAS, que venceu a disputa pela concessão da BR- 040/GO/MG, no mês passado. A empresa, que opera em mais de 120 países, é estreante em certames rodoviários no Brasil.
“Quando assumi o ministério, nós enfrentamos um desafio de intensificar essa agenda e tivemos muita dificuldade. Primeiro foi preciso dialogar com o mundo, elaborar uma carteira e construir os projetos e hoje estamos com um volume totalmente diferente. Além de fazer 35 leilões, nós vamos otimizar 14 contratos. Isso é uma mudança de postura muito grande”, resumiu o ministro Renan Filho.
Até junho deste ano já foram investidos pelas concessões de rodovias vigentes R$5,14 bilhões, uma prova do aumento dos investimentos privados em relação aos últimos anos. O apetite das concessionárias pela carteira do Ministério dos Transportes é resultado de projetos bem estruturados, com segurança jurídica, previsibilidade, sustentabilidade e com rentabilidade proporcional ao risco.
“O nosso interesse é ampliar a competição e entregar as infraestruturas, independentemente de quem for fazer essas entregas. É preciso avançar para diminuir custos e destravar a logística brasileira, defendeu George Santoro.
Roadshow
A agenda da comitiva do Ministério dos Transportes na Europa, que teve início na última segunda (21), termina nesta sexta-feira (25). Essa é a terceira missão internacional de representantes da pasta neste ano.
Em março, Renan Filho já tinha passado pela Espanha – segundo maior investidor do Brasil -, e em maio os projetos foram apresentados a grandes investidores americanos, em Nova Iorque (EUA).
“Faz parte do nosso trabalho, além de fazer um bom projeto, percorrer o mundo a fim de garantir mais competitividade nos nossos leilões, atrair investimento internacional, porque isso certamente ajuda no desenvolvimento da nossa infraestrutura e no próprio desenvolvimento do país”, finalizou o ministro dos Transportes.
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