Meta, empresa do Facebook volta a demitir
A Meta está descrevendo o ano de 2023 como “seu ano de eficiência”. E foi assim que Mark Zuckerberg iniciou a carta em que anuncia a demissão de mais 10 mil funcionários.
A companhia já havia demitido 11 pessoas, em novembro de 2022. Aquele período foi descrito como a maior crise da história da Meta – e as novas demissões reforçam que ela ainda não acabou. Agora, o CEO da companhia adiantou quais serão as primeiras equipes impactadas: RH (principalmente com foco em recrutamento), tecnologia (a expectativa é que aconteça ao fim de abril) e negócios (ao fim de maio).
“Isso será difícil e não há como contornar isso. Significa dizer adeus para colegas talentosos e apaixonados que vinham fazendo parte do nosso sucesso. Eles se dedicaram para a nossa missão e eu sou pessoalmente grato por seus esforços. Nós iremos apoiar essas pessoas da mesma forma que fizemos antes e tratar a todos com a gratidão que eles merecem”, escreveu Zuckerberg em um e-mail enviado a todos os funcionários.
POR QUE A META ESTÁ DEMITINDO – DE NOVO?
Ele responde: “o ano passado foi um grande despertar. A economia mundial mudou, a pressão competitiva cresceu e nosso crescimento diminuiu de forma considerável. Nós reduzimos orçamentos, nossa pegada imobiliária e fizemos a difícil decisão de diminuir 13% da nossa força de trabalho”.
A Meta acredita que essa realidade econômica irá continuar por muitos anos e, por isso, planeja inclusive mudar a forma de trabalho dos funcionários que permanecem.
UMA EMPRESA MAIS ENXUTA, COM UM NOVO FORMATO DE TRABALHO
Embora seja uma grande corporação, a Meta está retornando a algumas raízes de startup. Isso porque ela planeja deixar a empresa mais enxuta (…você lembra do livro Startup Enxuta? Então…) ao remover algumas camadas de gerentes do organograma.
“Nós iremos pedir para que vários gerentes se tornem ‘contribuidores individuais’. Nós também teremos contribuidores individuais reportando a quase todos os níveis para que as informações entre pessoas executando e gerenciando o trabalho sejam mais rápidas”, descreveu Zuckerberg.
Na prática, um “contribuidor individual” é um profissional que se autogerencia. Ele pode ser o gerente de um projeto individual ou de um time, mas não possui nenhum liderado. “Nós ainda acreditamos que gerir cada pessoa é muito importante, então, em geral, não queremos que gestores tenham mais do que dez pessoas reportando diretamente”, explicou.
QUAL O FUTURO DA META?
Novamente, assim como uma startup, a Meta quer se tornar mais rentável novamente para que possa investir e inovar mais.
“Eu acredito que estamos trabalhando em algumas das tecnologias mais transformadoras que nossa indústria já viu”, disse Zuckerberg. E ele está falando de inteligência artificial (e como eles desejam inseri-la em todos os produtos), metaverso e os aplicativos que já possuem e conectam pessoas: Instagram, WhatsApp e Facebook.
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