Incêndios consomem floresta do pantanal

Incêndios consomem floresta do pantanal

 

As chamas dos incêndios que atingem o Pantanal há mais de 30 dias já avançaram pelo Parque do Pantanal e Encontro das Águas e chegam à rodovia Transpantaneira, a principal via de acesso ao bioma em Mato Grosso, que liga Poconé, a 104 km de Cuiabá, a Porto Jofre, na divisa com Mato Grosso do Sul.

 

O fogo já consumiu mais de 1 milhão de hectares do bioma, o triplo do registrado em 2022 inteiro. É o novembro com mais focos de fogo (3.024) desde 2002. Mais de 290 agentes trabalham para apagar as chamas.

 

 

Imagens registradas por voluntários, bombeiros e brigadistas mostram que parte da flora e da fauna está destruída. É muito comum ver animais carbonizados, a exemplo de um crocodilo morto nas margens de um rio.

Para fugir das chamas os animais seguem em fuga e atravessam a rodovia e muitas vezes são atropelados por carros e caminhões.

As 10 áreas mais atingidas pelo fogo são:

 

  • Terra Indígena Tereza Cristina: 50,57%
  • Parque Estadual Encontro das Águas: 34,79%
  • Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense: 27,31%
  • Fazenda Estância Dorochê: 84,50%
  • Terra Indígena Kadiweu: 20,10%
  • Fazenda Rio Negro: 16,78%
  • Poleiro Grande: 80,26%
  • Terra Indígena Baía dos Guató: 17,30%
  • Serra das Araras: 3,41%

 

Em Mato Grosso do Sul, o fogo avançou pela BR 362. Um vídeo gravado de dentro de um carro mostra as chamas consumindo a vegetação às margens da estrada e a fumaça invadindo a pista, impedindo a passagem segura dos condutores.

Nas imagens, é possível ver que o motorista ficou com visibilidade mínima ao passar por parte do incêndio, no qual se formou um verdadeiro “corredor de fogo“.

Já em Mato Grosso a preocupação das equipes é que o fogo ultrapasse a rodovia Transpantaneira, que é cercada de casas, fazendas e pousadas. Nesta quinta-feira (16), hospedes e brigadistas alocados nessas áreas precisaram sair às pressas.

Agora, além de evacuar os locais de risco, as equipes tentam resfriar as áreas para evitar que o incêndio chegue até as áreas construídas.

Com 150 km de extensão, a Transpantaneira cruza a maior planície alagável do planeta e é conhecida por ser um atrativo turístico da região.

Pousadas estão fechadas por medida de segurança. 

 

 

 

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