ACM Neto (União Brasil) apareceu bastante bronzeado em entrevista à TV Bahia nesta segunda-feira, 12. Indagado pelo jornalista Vanderson Nascimento, que é negro, sobre a autodeclaração feita à Justiça Eleitoral de que seria pardo, ACM se irritou. “Oh, Vanderson, vamos lá. Quem é que faz minha leitura social como branco?”, disparou como resposta: “Toda a sociedade”.
Herdeiro político de ACM, seu avô, branco, Neto ainda atacou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por confundir a identidade de raça no país. A Bahia, seu estado, tem quase 80% da população negra. “Eu me considero pardo. O erro é do IBGE e não meu. Em 2016 eu fui candidato a prefeito de Salvador, e naquela época, não existia fundo eleitoral, nem cota, e me declarei pardo. Eu estou muito à vontade. Eu me considero pardo. O nome disso é preconceito. Eu sou um cara que respeita todo mundo. Governei Salvador de maneira plural. É como me enxergo”, afirmou.
Pardos?
O candidato ao governo do estado da Bahia ACM Neto (União) terá que justificar à Justiça Eleitoral sua autodeclaração racial onde afirma ser pardo. A intimação do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia foi motivada por uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral movida pelo candidato a deputado federal Jorge X (PSOL).
Tanto ACM Neto quanto sua vice, Ana Coelho (Republicanos), se declararam pardos no registro de suas candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-prefeito de Salvador alega, no entanto, que se declara como pardo desde as eleições de 2016, primeiro pleito que concorreu após a implementação da obrigatoriedade de informação racial.
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