Médicos Sem Fronteiras trata quase 160 feridos após confrontos armados na República Democrática do Congo

Médicos Sem Fronteiras trata quase 160 feridos após confrontos armados na República Democrática do Congo

 

Em menos de uma semana, cerca de 102 mil pessoas foram forçadas a se deslocar em meio aos conflitos nas províncias de Kivu do Norte e do Sul

 

Nos últimos dias, o Território de Masisi, na província de Kivu do Norte, tem sido afetado por intensos confrontos entre o grupo armado M23/AFC e o exército congolês, apoiado por forças aliadas, na República Democrática do Congo (RDC).

Os conflitos levaram a deslocamentos populacionais em massa na região – cerca de 102 mil pessoas em menos de uma semana, de acordo com o Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). “Entre os dias 3 e 6 de janeiro, as equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) e do Ministério da Saúde do país trataram 75 feridos no Hospital Geral de Referência de Masisi e no Centro de Saúde de Referência de Nyabiondo”, declarou Stephane Goetghebuer, coordenador-geral de MSF em Kivu do Norte.

Conflito no Congo - 26/05/2018 - Mundo - Fotografia - Folha de S.Paulo

“Além de fornecer esses cuidados, essas duas instalações de saúde também abrigaram centenas de civis por vários dias, que buscaram refúgio e proteção”, acrescentou Goetghebuer.

M23 assume controle de Masisi

Após os confrontos, o grupo M23/AFC assumiu o controle da cidade de Masisi e áreas adjacentes no fim de semana. Como resultado, as equipes de MSF no Hospital Geral de Referência de Minova e no Hospital Numbi, ambos em Kivu do Sul, também estão ajudando a tratar muitos dos feridos.

“Foram registrados confrontos nas terras montanhosas de Numbi, em Minova, Kivu do Sul. As pessoas fugiram e 84 feridos estão sendo tratados no Hospital Numbi e no Hospital Geral de Referência de Minova”, explica Julien Gircour, coordenador-geral de MSF em Kivu do Sul. As equipes de MSF em Masisi, Nyabiondo, Minova e Numbi continuam a oferecer assistência médica às populações impactadas pelo conflito.

Esses confrontos são os mais recentes aos quais as equipes de MSF responderam na crise armada do M23 contra o exército congolês e grupos aliados, que já dura três anos, no leste da RDC. O conflito deslocou centenas de milhares de pessoas e afetou seriamente a já crítica situação humanitária e de saúde na região.

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