O impressionante achado arqueológico: múmias de três jovens incas mortos em sacrifício

O impressionante achado arqueológico: múmias de três jovens incas mortos em sacrifício

Três jovens peruanos foram drogados e enterrados vivos, sendo que alguns deles possuem marcas de violência antes da morte. Seus corpos foram encontrados pelos arqueólogos intactos e na mesma posição com que foram deixados sob a neve.  As múmias foram identificadas como os filhos de Llullaillaco nos Andes argentinos por Johan Reinhard, um pesquisador associado à National Geographic Society, em um vulcão, na cordilheira da fronteira entre a Argentina e o Chile, em 1999. 

Esta é considerada uma revelação magnífica de tenebrosos rituais humanos e se trata de “múmias incas mais bem preservadas já encontradas”, segundo Reinhard declarou ao jornal The Washington Post. Foi possível fazer testes que comprovassem a origem desses corpos: um ritual de sacrifício humano onde as três crianças foram enterradas vivas em uma câmara depois de ingerirem uma substância que alterou suas consciências.

La Doncella

A múmia mais velha é de uma garota com aproximadamente quinze anos e que foi apelidada de A Donzela. Ela usava um vestido e um cocar de penas, além de estar com os cabelos trançados de forma bastante elaborada. Durante um exame feito em seus pulmões, foi encontrada uma infecção bacteriana.

Assim como as outras crianças (uma meia-irmã e um garoto, que não tinha relação de parentesco), ela morreu enquanto dormia. Diversos testes de datação e DNA foram feitos nesse corpo, que está absurdamente conservado.

Pesquisadores acreditam que La Doncella era uma Mulher Escolhida (aclla, ou ainda Virgem do Sol), ou seja, uma garota sequestrada e santificada desde seus 10 anos com o objetivo de criar uma esposa para as camadas superiores da elite ou sacerdotisas, sendo que algumas eram alvos de sacrifícios religiosos. 

Sua morte provavelmente teve o objetivo de garantir, a partir da doação da sangue  humano, a saúde geral das pessoas e climas com colheitas favoráveis. 

La Niña Del Rayo

A segunda garota tinha provavelmente seis anos quando foi sacrificada. Seu rosto é bastante danificado, pois, fora queimado por um raio junto a uma das orelhas e  parte de um ombro. A cabeça era um alvo fácil, pois estava erguida e direcionada para o sudoeste. Suas roupas se destacavam por razão de um invólucro grosso de lã na cabeça, além de um tradicional vestido acsu marrom claro. Em volta de todo seu corpo, ainda foi enrolado mais um cobertor de lã bordado em vermelho e amarelo. Além disso, seu crânio foi alongado por ação humana.

El Niño

No caso do garoto de aproximadamente sete anos, a morte deve ter sido aterrorizante. Isso porque há marcas de estresse no momento do óbito, com vômitos e manchas de sangue em suas roupas, além de estar enrolado em ataduras pois algumas costelas e sua pélvis foram deslocadas. 

Além disso, sua cabeça estava infestada por lêndeas. Enterrado em posição fetal, ele usava uma túnica cinza, sapatos de couro e uma pulseira de prata, além de estar embrulhado num cobertor vermelho e marrom. Pela posição em que estava, arqueólgoos indicam que ele morreu por asfixia.

Como a Niña del Rayo, seu crânio foi ligeiramente alongado durante a vida. Sua câmara de sacrifício estava repleta de tesouros pequenos, com objetos que representavam homens de alto escalão em caravanas de lhamas ou rituais típicos de em fins de secas para melhorar o ciclo das chuvas.

Confira as fotos!

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