O regime de chuvas em grande parte do Brasil tem ligação com um fenômeno natural da Amazônia. Explorando as belezas da natureza amazônica, o fotógrafo Sebastião Salgado inaugurou exposição com 200 imagens que retratam o ecossistema vivo da maior floresta do mundo.
Além das fotos da natureza, ele fez registro de 12 comunidades indígenas, que habitam a região. Em m preto e branco, característica marcante do premiado fotógrafo, a exposição revela também, o fenômeno da evapotranspiração, uma combinação entre a água que evapora do solo e a transpiração de água pelas árvores da floresta.
“Um rio aéreo começa com milhares de arus. Arus são nuvenzinhas pequenas de alguns metros quadrados, que elas aparecem por centenas, por milhares, por dezenas de milhares, e elas vão se aglomerando, vão se juntando, vão captando aquela umidade toda. Às 9 horas da manhã são arus, às 15h já são cúmulos-nimbos com 10 km de altura, que chovem, volta a chover, e uma parte é levada pelos ventos e vai embora”, afirma Sebastião Salgado.
“Uma molécula de vapor d’água recicla entre cinco e oito vezes entre o Oceano Atlântico, quando entra na Floresta Amazônica, até ela sair da Floresta Amazônica. E esse vapor d’água é muito importante para abastecer as chuvas ao sul da Amazônia, do Pantanal, da bacia do Rio Paraná e Rio da Prata, e também, às vezes, até alimentando o sistema de chuva do Cerrado e no Sudeste do Brasil”, explica Carlos Nobre, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo.
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