Você sabe o que são as simulações da ONU?

Você sabe o que são as simulações da ONU?

Entre diplomacia internacional, debates com diferentes pontos de vista e situações práticas, Felipe Vasconcelos, jovem prodígio premiado em todas as suas 12 participações em simulações da ONU, explica

Simulação do Modelo das Nações Unidas realizado em Aylesbury, Bucks, na Inglaterra em 2011. FOTO: Flickr/Ian Usher

 

São Paulo, março de 2025 – As simulações da Organização das Nações Unidas (ONU), conhecidas como Model United Nations (MUNs), são eventos acadêmicos voltados para estudantes, com foco na recriação de organismos da ONU e outras entidades internacionais. Durante os eventos, os participantes atuam como diplomatas, juízes, deputados, jornalistas, entre outros, debatendo questões globais como mudanças climáticas, direitos humanos e segurança internacional. Felipe Vasconcelos, jovem premiado em todas suas 12 participações em MUNs, ressalta a importância das simulações. “É uma oportunidade única para jovens desenvolverem sua oratória, seu espírito de liderança e um amor pela cidadania”, comenta.
O jovem compartilha sua experiência para quem tem interesse em participar deste tipo de evento e se aprofundar no universo da geopolítica e diplomacia.

 

O que são as Simulações da ONU?

 

As simulações da ONU são práticas educativas voltadas para jovens na qual cada participante recebe uma representação em alguma conferência internacional para discutir temas de relevância, assim aprendendo, na prática, como funciona a estrutura do Sistema Internacional, a Diplomacia e a Política Internacional.

 

Prática já comum para diversos estudantes do Brasil e do mundo, as simulações apresentam um método alternativo e dinâmico de educação, incentivando jovens a estudarem as complexas questões internacionais e desenvolverem seu senso de cidadania global.
“Vejo as simulações como uma porta de entrada para jovens estudantes no complexo mundo da educação política, sobretudo envolvendo questões internacionais. Entender problemas envolvendo uma variedade de atores a partir da ótica de país X ou Y ajuda a perceber a complexidade da política internacional, admitindo que todos os lados têm seus méritos e deméritos.”, destaca Felipe.
E como funcionam as simulações?
Os eventos podem simular diferentes órgãos internacionais, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados e até organismos fora da estrutura da ONU, como o Mercosul e a OTAN. Em cada um destes comitês, cada participante é escolhido para representar uma nação específica, defendendo o ponto de vista da mesma durante a conferência.

Os delegados então discutem os tópicos nas sessões de debate com uma complexa estrutura que traz diferentes modelos de debates, até acordarem os termos e, finalmente, se juntarem na confecção de uma proposta de resolução. A proposta então é votada e o comitê termina.

 

“Pessoalmente, um dos elementos das simulações que mais me interessa é a oportunidade de representar diferentes países em diferentes contextos históricos. Ter a oportunidade de debater temas como a Guerra Russo-Ucraniana e os Tratados de Não-Proliferação Nuclear e me colocar na posição de um diplomata é algo indescritível.”
Como participar e quais são os benefícios?
Hoje, as simulações da ONU estão acessíveis a praticamente toda a população. Desde colégios, universidades e outras instituições que promovem eventos presenciais em metrópoles ou capitais estaduais até diversas organizações que oferecem eventos online. As oportunidades são várias para jovens que se interessam em ampliar sua consciência cidadã e entendimento político, além de servir como porta de entrada para aqueles que se interessam pela educação política. As simulações também oferecem a oportunidade de desenvolver as chamadas soft skills, como a oratória, a liderança e a negociação, habilidades essenciais para praticamente qualquer mercado de trabalho.
“Sem dúvidas, posso dizer que as simulações mudaram minha vida. Além de canalizar minha paixão e interesse pelo cenário político internacional e desenvolver diversas habilidades, as MUN’s me trouxeram diversas oportunidades de desenvolver meu interesse por este universo. Ser delegado de Simulações da ONU foi o primeiro passo na construção de minha carreira pessoal na Geopolítica.”, finaliza o jovem.
*Felipe Vasconcelos já realizou mais de 60 cursos sobre temas como segurança internacional, terrorismo, guerra, entre outros. É criador do Observatório Atena, perfil que visa difundir conhecimento sobre geopolítica, história e economia para estudantes, além de já ter trabalhado na Coordenadoria Especial de Relações Internacionais e Cooperação da Prefeitura do Rio de Janeiro, lecionar cursos de Geopolítica para jovens e escrever sobre Política Internacional em diversos portais.

 

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