Único projeto social apadrinhado por Pelé participa de audiência pública na Câmara Federal para criação de data em homenagem ao rei
Uma audiência pública na Comissão de Esportes da Câmara Federal convocada pelo deputado federal Felipe Carreras debateu, nesta terça-feira, 5, a criação do Dia do Rei Pelé. A proposta, em coautoria com o deputado federal paranaense Luciano Ducci, atendeu a uma reivindicação do Complexo Pequeno Príncipe, que mantém o único projeto social formalmente apadrinhado pelo maior jogador de futebol de todos os tempos: o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe.
O evento segue o trâmite necessário para levar o projeto de lei à votação no plenário da Câmara. Os deputados autores da proposta querem conseguir as assinaturas necessárias para que seja votada em regime de urgência ainda neste ano e possa seguir para o Senado. A data escolhida foi 19 de novembro, dia em que, em 1969, o atleta marcou seu milésimo gol e o dedicou às crianças – e já se tornou oficial em Curitiba e no estado do Paraná. “Fazer essa homenagem transcende o que ele foi como atleta para focar no que ele foi como pessoa”, considerou o diretor-corporativo do Complexo, José Álvaro Carneiro. Para ele, o principal elemento que pode honrar o atleta é o fato de o Pequeno Príncipe atender 60% de pacientes via Sistema Único de Saúde (SUS). “Atendemos cem mil crianças por ano com extrema equidade e boa perfomance, seja quantitativa ou qualitativa, e é isso que oferecemos como legado ao Pelé; à família Nascimento, que sempre nos apoiou; e a todos que amam o Pelé”, concluiu. A filha do rei, Flávia Kurtz Arantes do Nascimento, que participou da audiência de maneira remota, falou do significado que a data tem para ela. “Dedicar um dia a ele é como valorizar e acreditar no compromisso de amor e empatia que o meu pai levantou na realização do seu milésimo gol”, disse. Além dela, o jogador da seleção brasileira da Copa do Mundo de 1970 Paulo César Caju, também participando por meio de transmissão online, lembrou a trajetória de Pelé, que, em momentos importantes de sua carreira como atleta, sempre procurou dar voz a questões universais como o bem-estar das crianças. “Aproveito a oportunidade para pedir a todos os brasileiros que não esqueçam as crianças pobres, que não esqueçam os necessitados”, declarou o rei ao alcançar a marca de mil gols.
Ao defender a homenagem ao Rei Pelé, Carreras, que presidiu a audiência, ressaltou que os medalhistas e campões brasileiros são também heróis nacionais, porque são fontes de inspiração. “E mais do que campões e medalhistas, o esporte forma também cidadãos”, frisou. Já Luciano Ducci destacou a relevância do projeto de lei considerando o legado do atleta ao colocar em prática o que ele dedicou às crianças em 1969. “Só pelo que o Pelé fez na história do futebol e na promoção do país internacionalmente, ele já merecia essa homenagem, mas ele fez muito mais ao delegar seu nome ao Instituto de Pesquisa que hoje é referência nacional em sua área”, completou. Citando a frase “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, do livro “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, o deputado professor Paulo Fernando, membro da Comissão de Esportes, acrescentou que o rei deixou sua marca por aquilo que cativou. O presidente da comissão, que também acompanhou a audiência, mencionou como Pelé foi uma pessoa iluminada, de muita energia e força. “Soube usar tudo isso para fazer o bem. O retorno que ele deu e que fez dele uma pessoa especial foi seu exemplo de sempre valorizar as coisas simples da vida”, ponderou. O Instituto O apoio do rei na criação do Instituto de Pesquisa veio por intermédio do médico Nilson Santos – falecido em outubro de 2020 – e sua esposa, Mara Lúcia Cordeiro, neurocientista e diretora de Relações Institucionais do Instituto. “A ciência não tem fronteiras, nossos estudos e artigos impactam mundialmente, e temos o compromisso de honrar o legado de Edson Arantes do Nascimento buscando transformar a vida de crianças e adolescentes por meio dela e das pesquisas”, realçou a pesquisadora, convidada para a audiência. Criada em 2006, a instituição filantrópica nasceu para contribuir com a redução da mortalidade infantojuvenil por meio de pesquisas sobre doenças complexas que afetam essa população. Atualmente, conta com 17 pesquisadores e 217 alunos de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Com 124 estudos, distribuídos em sete linhas de pesquisa, a instituição também contabiliza 420 artigos publicados em revistas científicas. Ao lado do maior hospital pediátrico do Brasil, o Pequeno Príncipe, e da Faculdades Pequeno Príncipe, o Instituto forma o Complexo Pequeno Príncipe. E, desde 2007, contribui com a formação de profissionais especializados em pediatria, por meio do Programa de Mestrado e Doutorado em Biotecnologia Aplicada à Saúde da Criança e do Adolescente, desenvolvido em parceria com a Faculdades. Sessenta e quatro mestres e 42 doutores se formaram no programa, que é o único no Brasil com interface entre a biotecnologia e a pediatria.
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