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Morre jornalista Renato Simões Filho, filho do fundador do jornal A Tarde

Morreu ontem, 4 de novembro, de causas naturais, aos 96 anos, no Rio de Janeiro, o jornalista e filho do fundador do jornal A Tarde, Renato Simões Filho. Bacharel em direito, Renato fez do jornalismo a sua grande paixão. “Meu pai foi advogado de formação, mas desde cedo abandonou esse caminho para cuidar e se dedicar ao jornal. Ele se considerava antes de tudo um jornalista”, diz Renato Simões Filho. Casado com Norma Rocha Simões, era também pai de Yolanda Simões Atherino, tinha quatro netos e dois bisnetos.

Carreira

Renato Simões foi superintendente de A TARDE no período de 1957 a 2012, quando assumiu a presidência do Conselho de Administração do grupo de comunicação. Em seguida recebeu o título de presidente de honra.

A literatura foi outra área de dedicação de Renato Simões. Em 2004 estreou na escrita de ficção com Crônicas d”aqui e d”além, onde aparecem desde personagens que vagam por túmulos até a minuciosa descrição de Paris. Três anos depois ele voltou à ficção com Anônimos e Oitenta a e Todos, lançado em 2015.

A liberdade de imprensa foi outra causa de ativismo do jornalista, que integrou a direção de instituições como a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Baiana de Imprensa (ABI).
Do A Tarde.

Jornalista e professor Sérgio Matos lembra do amigo

Autor do prefácio do último livro lançado por Simões, em 2018, o jornalista e professor Sérgio Mattos define o antigo superintendente de A TARDE como um “intelectual”, a quem atribui inovações tecnológicas implantadas no jornal.

“Ele lia muito, estava sempre antenado. Sabia dos lançamentos, discutíamos os novos autores. Como também tinha uma visão de jornal bem diferente. Ele via o jornal crescer a partir do ponto de vista empresarial, sempre estava um pouco na frente, apoiando as medidas no sentido de se aperfeiçoar em tecnologias”, conta Mattos, funcionário de A TARDE por 32 anos.

Para exemplificar o lado “inovador” de Simões, Mattos menciona iniciativas em diferentes períodos. “Na época em que eu lancei uma revista, ele queria também que o jornal tivesse. Anos depois que saí, ele continuou persistindo na ideia de que o jornal deveria ter uma revista, e daí nasceu a Muito. A ideia era dele. Grande parte das inovações do jornal, o processo de impressão offset, foi tudo ele, com o apoio de Arthur Couto, que era o gerente administrativo. Os dois eram ‘casados’ nesse sentido”, aponta.

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POR: Rita Moraes
Publicado em 05/11/2021