Trajetória da Vereadora Marielle Franco será contada em filme
A vida de Marielle Franco, vereadora do PSOl, assassinada na última quarta-feira, 14, quando retorna de um evento, no bairro do Estácio, bairro do Rio de Janeiro, será contada em um filme. Ainda em estágio de desenvolvimento, o longa será produzido por Bruna Barreto filha dos famosos produtores de cinema, Lucy e Luiz Carlos Barreto. Segundo Bruna, o objetivo é esclarecer quem foi a jovem da Maré, que se tornou vereadora e, hoje, representa a luta contra intolerância e violência no Brasil.
A notícia foi antecipada pelo colunista de O Globo, Ancelmo Gois. João Paulo Reys deve ficar a cargo do roteiro, junto com Flavia Guimarães (“Berenice procura”, de 2017), e Jorge Mautner cuidará da parte musical. A produtora deu entrevista ao jornalista Fabiano Ristow, do jornal O GLOBO e falou sobre o projeto:
— Eu já conhecia a Marielle porque ela era uma das melhores amigas da minha filha, mas foi assistindo a um depoimento dela em um documentário do João Paulo Reys sobre a intervenção do Exército durante as Olimpíadas, ainda em fase de finalização, que percebi como ela era extraordinária. Logo depois, aconteceu o assassinato — conta Paula Barreto, que ainda não escolheu o diretor.
O longa será uma ficção e vai focar na origem de Marielle, que cresceu na Maré e viraria a 5ª vereadora mais votada no Rio. Ela e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros na última quarta-feira, no Centro, quando voltavam de um evento na Lapa. O filme, ainda sem título e data de lançamento, vai contar com atores e equipe vindos da Maré. A renda obtida será destinada aos moradores do complexo.
— Queremos contar onde ela foi criada, a influência da Maré nela e como se transformou nessa líder que perdemos. O que importa, agora, são os seus ideais — explica Paula, que espera que o filme sirva de reação às informações falsas sobre a vereadora espalhadas nas redes sociais. — Fiquei assustada quando entrei no Facebook e vi a quantidade de haters. Muita gente a denegrindo, sem saber se as informações são verdadeiras ou não. As pessoas não se preocupam em saber de onde vem a notícia. Há milhares de Marielles no Brasil, precisamos contar essa história.
A morte da Edir causou comoção nacional e internacional e chocou o país.
Fonte: O Globo
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