Trabalhadores voltam à Fafen-PR, em cerimônia na Repar
Na ultima sexta-feira, 5, aconteceu a cerimônia no Centro de Treinamento Dra. Zilda Arns, nas dependências da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária-PR, pela readmissão de trabalhadores da Araucária Nitrogenados S.A. (Ansa/Fafen-PR), que foram demitidos em 2020. Cerca de 214 pessoas que voltam a trabalhar hoje. O evento foi, também, de treinamento e capacitação da força de trabalho.
“Nesta primeira etapa, os funcionários vão trabalhar na recuperação, reforma e manutenção da unidade, para que ela volte a funcionar. É uma conquista importante, depois de anos de luta pela reabertura da Fafen-Paraná”, comemora Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros.
A recontratação só foi possível graças à luta de petroleiros e petroquímicos e a negociações com a participação da FUP. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) homologou no mês passado o acordo coletivo de trabalho que possibilitou a readmissão dos trabalhadores pela Petrobrás.
Além da importância da retomada dos empregos, o objetivo é, também, reduzir a dependência de importações e retomar a presença da Petrobrás na produção nacional de fertilizantes. O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo e importa 85% do que utiliza.
Com o fechamento da unidade, durante o governo de Jair Bolsonaro, cerca de mil empregados perderam seus postos de trabalho, sendo 400 empregados diretos e 600 indiretos. “Durante a parada de manutenção, cerca de 2 mil trabalhadores serão contratados. Após a parada, devem ficar 800 pessoas contratadas. Ou seja, mais de 200 funcionários próprios do Sistema Petrobrás e mais 800 prestadores de serviço”, completa Cibele Vieira, diretora da FUP.
A Fafen-PR operava desde 1982 e entrou no plano de desinvestimento da Petrobrás em 2019, era responsável pela produção de 30% do mercado brasileiro de ureia e amônia e de 65% do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32), aditivo para veículos de grande porte que atua na redução de emissões atmosféricas. A “hibernação” da Fafen-PR fez com que o país deixasse de produzir por dia 2 mil toneladas de ureia e 1.300 toneladas de amônia, utilizados na fabricação de fertilizantes.
“Além da indiscutível importância para a economia, com geração de emprego e renda da região, a reabertura da Fafen-PR tem relação com a segurança alimentar da população”, finaliza Bacelar.
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