Torcedora argentina é presa por racismo em jogo contra Brasil no Maracanã
Na madrugada desta quarta-feira (22), o Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva da torcedora argentina, Maria Belen Mautecci, acusada de racismo no Maracanã durante o jogo entre Brasil e Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Testemunhas contam que ouviram a mulher chamar a vítima de “pedaço de macaca”. De acordo com o Relatório da Discriminação Racial no Futebol 2022, feito pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em parceria com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, houve o crescimento no número de denúncias de racismo no futebol brasileiro, que saltaram 64, em 2021, para 90. O mesmo aconteceu com o número de casos de racismo, que apontou alta de 50%, com 233 casos registrados.
O psicólogo esportivo e analista de projetos DE&I da Condurú Consultoria, José Rezende, destaca que a punição de times de futebol por casos de racismo nos estádios tem um papel fundamental na promoção da igualdade e na construção de um ambiente esportivo mais saudável e inclusivo.
“As punições, quando são aplicadas a times e torcedores, enviam uma mensagem clara de que o racismo não será tolerado e que existem consequências reais para comportamentos discriminatórios. Isso ajuda a criar um ambiente em que todos os participantes se sintam seguros e respeitados. Além disso, a punição serve como um meio de educar a comunidade esportiva, aumentando a conscientização sobre as questões de discriminação racial e incentivando a autorreflexão”, diz.
Ao lidar com o racismo de maneira firme e eficaz, os times de futebol e as autoridades esportivas contribuem para a promoção da diversidade, equidade e inclusão no esporte. “Isso não apenas melhora a saúde mental e o bem-estar dos atletas que foram alvos de discriminação, mas também fortalece a imagem do esporte como um veículo de unidade e igualdade, beneficiando a sociedade como um todo. Além de contar com a punição, é fundamental que se pense na educação de toda a sociedade, passando pelas escolas e chegando até os jogadores de base e profissionais para que casos assim parem de acontecer e se tenha uma sociedade menos racista ao invés do único caminho ser a punição pós o ato”, destaca Rezende.
Caso tenha interesse na pauta, fico à disposição para fazer a ponte com o especialista.
José Rezende
Sócio, Psicólogo e Analista de Projetos da Condurú Consultoria. É natural de São Paulo e formado em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). José é Psicólogo Clínico e Esportivo adulto e infantil e defensor dos direitos humanos. Atuante em entidades estudantis durante a graduação, incluindo a presidência do Centro Acadêmico e vice-presidência do Diretório Central dos Estudantes da UPM.
Criada em 2017, a Condurú é uma consultoria que auxilia na implementação de programas de governança, apoia a construção ou atualização de códigos de ética ou de conduta e promove palestras e workshops de diversidade e inclusão.
Deixe um comentário