Telefônica, Tim e Claro pegam as maiorias fatias do 5 G e o Brasil ganha nova empresa de operadora móvel

Telefônica, Tim e Claro pegam as maiorias fatias do 5 G e o Brasil ganha nova empresa de operadora móvel

Anatel realizou nesta quinta-feira, 4, o leilão do 5G. Telefônica Brasil, TIM e Claro venceram nesta quinta-feira os principais lotes do serviço de telecomunicações 5G no país, no leilão realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações até agora com pouca disputa.

O Brasil ganhou uma nova operadora móvel com atuação nacional. A Winity II Telecom, provedora de infraestrutura para empresas de telecomunicações, arrematou capacidade na faixa de 700 MHz para atuar em todos os estados brasileiros.

A companhia deu lance de R$ 1,42 bilhão, o que representa ágio de 805,8% em relação ao preço mínimo estabelecido pela Anatel. A Winity II também concorria com outras duas proponentes, que eram a Highline (com lance de R$ 333,3 milhões) e VDF Tecnologia da Informação Limitada (que ofertou R$ 318 milhões).

Com a faixa de 700 MHz, a Winity II deve construir uma rede 4G em todos os estados brasileiros, salvo as regiões originalmente atendidas pela Algar e Sercomtel. O espectro carrega compromissos de cobertura em rodovias federais e localidades que ainda não possuem acesso a quarta geração.

Segundo a Anatel, o lote tem área de prestação nacional, com algumas exceções: cidades do Estado de Minas Gerais, o município de Paranaíba, no Estado de Mato Grosso do Sul, os Municípios de Buriti Alegre, Cachoeira Dourada, Inaciolândia, Itumbiara, Paranaiguara e São Simão, no Estado de Goiás, e as cidades de Altinópolis, Aramina, Batatais, Brodosqui, Buritizal, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Colômbia, Franca, Guaíra, Guará, Ipuã, Ituverava, Jardinópolis, Miguelópolis, Morro Agudo, Nuporanga, Orlândia, Ribeirão Corrente, Sales de Oliveira, Santa Cruz da Esperança, Santo Antônio da Alegria e São Joaquim da Barra, no Estado de São Paulo.

A Winity II é uma empresa de infraestrutura mantida pela Pátria Investimentos, por meio do fundo Pátria Infraestrutura IV. Em novembro de 2020, a companhia anunciou investimentos de R$ 3 bilhões no Brasil para implementação de redes 4G e 5G.

É curioso que o Fundo Pátria já foi dono da Highline, concorrente que também atua no mercado de infraestrutura e planeja a criação de redes neutras móveis.

Quem faturou as maiores fatias 5G?

Telefônica Brasil, TIM e Claro venceram nesta quinta-feira os principais lotes do serviço de telecomunicações 5G no país, no leilão realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações até agora com pouca disputa.

O que é o 5G?
O 5G é a quinta geração de telefonia móvel. De acordo com a União Internacional de Telecomunicações, é uma nova tecnologia de transporte de dados em redes envolvendo dispositivos móveis. Ele sucede gerações anteriores, mas autoridades e especialistas apontam que terá melhorias não apenas incrementais, mas qualitativas.  Considerado um grande marco tecnológico, o padrão pode viabilizar carros autodirigíveis, procedimentos médicos a distância, automação completa de linhas de produção, vigilância e monitoramento de todo o tráfego urbano, além de entretenimento em altíssima qualidade e conectividade semelhante à encontrada em países desenvolvidos.
 
Qual a diferença do 5G para o 4G?
Enquanto a tecnologia 1G tinha velocidade de 2kbit /s e o 4G garantia tráfego de 1 Gbit /s, o 5G terá velocidade para baixar informações de até 100 1 Gbit /s. Enquanto a latência (diferença na resposta na transmissão de dados) era de 60-98 milissegundos no 4G, no 5G ela será reduzida para menos de 1 milissegundo.
 
O 5G permite mais dispositivos conectados, o que é relevante com o crescimento da comunicação máquina a máquina; aumenta a velocidade de conexão, o que reduz a dificuldade na comunicação em tempo real, streaming, jogos, transferência de arquivos; diminui a latência (resposta da conexão), contribuindo para que os dispositivos móveis trabalhem mais rápido; e tem maior capacidade de banda, o que é importante diante do aumento de informações que são publicadas e circulam na internet, seja a criação de mais conteúdos ou a melhoria da qualidade, como no áudio ou na definição em vídeo. 

 
O uso exige aparelhos compatíveis?
Sim. Os requisitos para a certificação de tais aparelhos para rede 5G já foram aprovados pela Anatel, permitindo que dia a dia o quantitativo de modelos certificados seja incrementado. De acordo com a agência, o primeiro smartphone homologado compatível à tecnologia 5G no Brasil foi lançado no final de junho de 2020. Mas, mesmo com o aparelho em mãos, para que o 5G funcione é necessária a implantação das redes pelas prestadoras.  
 
A consulta aos aparelhos homologados pela Anatel para o 5G está disponível no  Sistema de Certificação e Homologação (SCH). No link, é preciso clicar na opção “telefone móvel celular”, em seguida, no filtro “tipo de produto” e “NR” no filtro “tecnologia”. 
 
Quando a tecnologia estará disponível no país?
A partir do leilão, as empresas terão as faixas de frequência para explorar serviços baseados na tecnologia, e caberá a elas fazer o lançamento desses serviços. A licitação prevê que elas comecem a oferecer o 5G até 31 de julho de 2022. Atualmente,  apenas sete das 27 capitais brasileiras estão totalmente preparadas para a nova tecnologia de comunicações, de acordo com o Conexis Brasil Digital, entidade que reúne as principais operadoras que atuam no Brasil.
 
Vai custar mais caro?
Questionado pela Agência Brasil sobre o mercado e os preços que deverão ser praticados com a chegada da nova tecnologia, o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra, afirmou que há uma tendência ao avanço tecnológico com a manutenção de preços, e que a adoção do padrão 5G não será elitizada. “Na prática, haverá uma melhora na dinâmica do custo-benefício. Em telecomunicações, há um fenômeno conhecido de avanço tecnológico sem necessariamente reajuste de preços”, explicou.
 
Algumas operadoras já anunciam tecnologia 5G. É a mesma coisa?
Não. As operadoras que atuam no Brasil estão anunciando o lançamento comercial do 5G com a técnica de compartilhamento das frequências usadas pelo 3G e 4G, o DSS (Dynamic Spectrum Sharing). As prestadoras já iniciaram a preparação das redes atuais para a evolução do 5G, porém, com esse tipo de compartilhamento, ainda não será possível usufruir plenamente das potencialidades do 5G, segundo a Anatel. 
 
Os celulares 4G continuarão a funcionar?
Sim, da mesma forma que os com tecnologia 3G e 2G em todas as evoluções tecnológicas dos celulares. Não há previsão para que os sistemas anteriores sejam descontinuados. 
 
O leilão do 5G prevê benefícios sociais. Quais são eles?
Os termos do leilão do 5G preveem a obrigação de cobertura das 26 capitais e do Distrito Federal até julho do ano que vem. O serviço deverá cobrir todas as cidades brasileiras com mais de 50 mil habitantes até 2028, enquanto o serviço de 4G deverá cobrir todo o território nacional.
 
Para o Ministério das Comunicações, a chegada do 5G eliminará um dos grandes empecilhos na universalização do acesso digital, que é a infraestrutura. A pasta diz que o leilão do 5G terá grande parte do dinheiro da concessão revertida para ações de avanço no setor e não terá caráter arrecadatório para o governo. 
 
De acordo com o secretário de Telecomunicações, as metas futuras do Ministério das Comunicações após o leilão do 5G serão de caráter social, com o objetivo de traçar os perfis de brasileiros que ainda não estão incluídos na revolução digital, mesmo após chegar à meta de 100% do território conectado. 
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