Técnicas de proteção territorial chegam a 36 terras indígenas na Amazônia

Técnicas de proteção territorial chegam a 36 terras indígenas na Amazônia

Karina Custódio/IPAM

A TI Nawa não está representada no mapa, porque está em processo de demarcação, os limites desse território não foram divulgados publicamente até a publicação desta reportagem.
No curso, as lideranças entram em contato com novas tecnologias de vigilância territorial, como o SOMAI-ACI (Sistema de Monitoramento da Amazônia Indígena – aplicativo Alerta Clima Indígena), integrando seus conhecimentos milenares com pesquisas científicas. Instrutor do curso e pesquisador do IPAM Ray Pinheiro explica como a formação acontece.
“Os cursos são pensados para fortalecer e valorizar o que já é feito tradicionalmente, unindo as tecnologias indígenas com geotecnologias não-indígenas. O SOMAI-ACI ajuda a sistematizar e manter a memória do que está sendo observado nos territórios, tanto no caso de denúncias quanto para potencialidades culturais, socioambientais e econômicas.”
João Reis, indígena pertencente ao povo Guajajara, participou do curso em fevereiro deste ano. Ao aprender a usar as ferramentas de geolocalização, ficou surpreso ao descobrir que havia cinco CARs (Cadastro Ambiental Rural) sobrepostos à terra indígena Caru, onde vive e atua como brigadista.

Karina Custódio/IPAM

Organizações fortalecidas

Além de minimizar as ameaças como o fogo e a invasão de terras, Vanessa Apurinã, gerente de Monitoramento Territorial Indígena da COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia), destaca que a iniciativa é uma forma de potencializar o trabalho das organizações indígenas.
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“O curso promove a valorização do conhecimento tradicional, integrando-o com técnicas modernas de monitoramento, o que fortalece nossa luta pela preservação do território e dos direitos indígenas. Essa formação é uma ferramenta poderosa para empoderar as comunidades e garantir a proteção do nosso patrimônio cultural e ambiental.”
Boletim PROTEJA
O Boletim PROTEJA é uma publicação online dedicada a divulgar resultados de ações eficazes na preservação de áreas protegidas. Qualquer pessoa ou organização interessada pode contribuir com o boletim, enviando um e-mail para coord_executiva@proteja.org.br.
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A publicação é uma ação do PROTEJA, em colaboração com o IPAM, a WSC (Wildlife Conservation Society), em parceria com a USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), a NORAD (Agência Norueguesa de Desenvolvimento) e a Fundação Charles Stewart Mott.
Esta ação é realizada no âmbito do projeto Conservando Juntos, cujo objetivo é fortalecer as capacidades dos atores da sociedade civil para liderar os esforços de conservação da biodiversidade e prevenção de crimes ambientais na Amazônia.
Essa matéria é possível graças ao generoso apoio dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), por meio do projeto Conservando Juntos. O conteúdo é de responsabilidade da Wildlife Conservation Society e não reflete necessariamente as opiniões da USAID ou do governo dos Estados Unidos.
 

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