Sucesso no Festival Varilux, esperando Bojanges estreia nos cinemas nesta quinta-feira
Dois nomes mais queridos do cinema francês atual, Romain Duris (“Uma nova amiga”) e Virginie Efira (“Benedetta”), protagonizam o drama ESPERANDO BOJANGLES, inspirado no premiado romance de sucesso de Olivier Bourdeaut. A direção é de Régis Roinsard (“Os tradutores”, “A datilógrafa”). No Brasil, o filme estreia nesta quinta-feira, dia 3 de novembro.
O menino Gary (Solan Machado Graner) vive com seu pai, Georges (Romain Duris), a mãe, Camille (Virginie Efira), e um pássaro exótico num apartamento em Paris. Todas as noites, o casal dança sua música favorita, Mr Bojangle, e a família vive feliz. Até que Camille, uma mulher linda e hipnotizante, mergulha em sua própria loucura.
“Meus amigos me falavam para ler o livro. ‘Foi feito para você adaptar, é a sua cara’, diziam. O romance tinha acabado de sair, ganhado vários prêmios, só críticas positivas, e estava vendendo muito. Tinha certeza de que vários produtores já estavam querendo comprar os direitos. Então resolvi não ler”, conta o diretor se divertindo.
Ele explica que as pessoas continuavam insistindo para ele ler, até que sua esposa leu e deu um ultimato: “Se você não fizer esse filme, eu me separo de você.” Quando finalmente o leu, percebeu que o romance levantava várias questões sobre amor. “Até onde podemos ir em nome da pessoa que amamos?”
Virgnie conta que só foi ler o livro, também, depois de convidada pelo diretor para estrelar o filme. “Eu quis ler antes de ler o roteiro, é sempre interessante ter todos os pontos de vista numa adaptação, começando pelo autor. No filme, não olhamos as coisas pelos olhos do menino, que idealiza a mundo, mas podemos ver o que está realmente acontecendo com aquela família.”
Como referência para a personagem, a atriz conta que pensou em Gena Rowlands. “Eu também pensei que não é Camille quem enlouquece, mas as outras pessoas. Eu tive muitas ideias sobre ela. Uma coisa que é legal quando você trabalha com um diretor pela primeira vez é o confronto de opiniões. Eu chegava repleta de fotos, ideias e propostas, e ele me mostrava outro caminho. Ou, em outras vezes, concordava comigo.”
Já Romain se identificou bastante com seu personagem, Georges. “Ele é uma figura familiar: alegrias e dramas estão misturados em sua vida, como acontece com todo mundo, e ele tenta lidar com isso. Eu sou um pouco assim. Seja lá o que acontece comigo, sempre procuro a leveza.”
Um dos elementos centrais do filme é a dança – o casal dança todas as noites. E Romain explica que dançar parece estar no seu DNA. “Minha mãe dançava profissionalmente, e isso vem comigo. A dança é uma arte que me fascina, e pela qual tenho muito respeito.”
A equipe artística de ESPERANDO BOJANGLES ainda inclui o diretor de fotografia Guillaume Schiffman (“O Artista”), a desenhista de produção Sylvie Olivé (“O novíssimo testamento”), e os compositores Clare Manchon e Olivier Manchon (“O peso do talento”). O roteiro é assinado pelo diretor e Romain Compingt (“150 miligramas”)
ESPERANDO BOJANGLES será lançado no Brasil pela Califórnia Filmes.
Ficha Técnica
Direção: Régis Roinsard
Roteiro: Régis Roinsard e Romain Compingt, baseado no romance de Olivier Bourdeaut
Produção: Jean-Pierre Guérin
Elenco: Romain Duris, Virginie Efira, Grégory Gadebois, Solan Machado Graner
Direção de Fotografia: Guillaume Schiffman
Desenho de Produção: Sylvie Olivé
Trilha Sonora: Clare Manchon e Olivier Manchon
Gênero: drama
País: França
Ano: 2022
Duração: 124 min.
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