01jan
De novo a velha história que se renova todo ano. Seja em Salvador, São Paulo etc. Chuvas de abril, previsíveis, e cidade alagada.
É impressionante como os MESMOS lugares alagam TODOS os anos, sem qualquer solução. As ditas autoridades preferem culpar a população (já repararam que, no Brasil, as vítimas são sempre os culpados?). Jogam lixo na rua. Verdade. Mas pagam taxa de esgoto e 30 milhões não têm esgotamento.
Mais: 100 milhões sem água tratada. Bem, dizia que é verdade. Joga-se lixo. Primeiro, porque a grande massa de brasileiros, que vive à beira da miséria, não tem educação. Depois, porque, apesar dos impostos escorchantes e do gigantesco exército de funcionários públicos, não há fiscalização.
Mas, o principal: não existem obras sérias, amplas, abrangentes de saneamento. Preferem fazer obras de fachada (falo, repito, de todo o País), porque “obra debaixo da terra não aparece”, como se repete há décadas.
Mandam as pessoas fugirem das zonas de risco por meio de sirenes (Salvador, Serra do Rio de Janeiro etc.). Passou a chuva, tudo esquecido.
Não é assim. Não deveria ser assim. É preciso ter uma grande responsabilidade com a população, porque é esta população que paga os salários do dito poder público, em todas as suas esferas.
É preciso preocupar-se de VERDADE com todos.
É claro que existem situações extraordinárias quando a maioria das cidades do mundo está sujeita a uma calamidade. O rio Sena, em Paris, transborda, às vezes. Mas procurem ver a prevenção, as medidas de segurança, toda a parafernália responsável das autoridades que evita tragédias.
Em Tóquio, onde são comuns tornados, trombas d’água etc., há um imenso e moderno sistema de captação das águas pluviais que literalmente impede inundações.
No Brasil, não. NINGUÉM se importa com isso. E a prova, repito, é a repetição das mesmas cheias, com as mesmas chuvas, ao longo de décadas!
Mas a culpa é só do lixo. Assim como a culpa da febre amarela é o descuido da população, a culpa do assalto é de que leva “objetos de valor” para a rua etc. Chegamos a um ponto, aliás, onde os turistas são instruídos a não usar máquinas fotográficas, celulares nem filmadoras! Oxente!
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