A médica neonatologista e secretária da Saúde da Bahia, Tereza Paim, fez a abertura do 25º Congresso Brasileiro de Perinatologia nesta quarta-feira (1º), destacando os investimentos estaduais na assistência materno-infantil e a melhoria dos processos da atenção perinatal e neonatal. O congresso segue até o dia 4, sendo 100% online.
De acordo com a secretária, somente na capital baiana, o Governo do Estado investiu cerca de R$ 100 milhões na assistência materno-infantil, com a reforma, requalificação e duplicação de unidades. Já no interior, destaque para a inauguração da maternidade regional de Feira de Santana e
na próxima segunda-feira (6), será a vez de Ilhéus ganhar uma unidade materno-infantil com 105 leitos, sendo 20 de UTI e 15 de semi-intensiva. “Em breve faremos a entrega de duas novas unidades regionais, sendo uma em Camaçari e outra em Seabra”, afirma a secretária Tereza Paim.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que cerca de 830 mulheres morrem todos os dias por complicações relacionadas à gravidez ou ao parto em todo o mundo. As estatísticas sobre a mortalidade materna têm sido apontadas como o melhor indicador da saúde da população feminina e, consequentemente, a melhor ferramenta de gestão de políticas públicas voltadas para diminuição dos índices apresentados.
Na Bahia, diversas iniciativas foram implementadas para reduzir a morbimortalidade materna, tais como: garantia de atendimento na rede através da vinculação; inserção do protocolo de boas práticas na atenção ao parto e nascimento e do protocolo de parto seguro; garantia da presença do acompanhante durante todo o internamento da usuária; inserção da enfermeira obstetra na assistência ao parto de risco habitual; organização do cuidado obstétrico e ginecológico pelo risco, com a implantação do acolhimento com classificação de risco na porta de entrada; capacitações com equipe multiprofissional, em especial para o manejo da hemorragia pós-parto, evidenciada como uma das principais causas de morte materna no Brasil.
As complicações maternas graves definidas como CPAV representam 75% de todas as mortes maternas. Cerca de 92% dos óbitos estão relacionados a causas evitáveis que podem ser diagnosticadas no pré-natal precoce.
No período de 2016 a 2020 foram notificados 25.741 óbitos de mulheres em idade fértil. Desse total, 2,4% são óbitos maternos (causas obstétricas diretas e indiretas).
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