Renda nas metrópoles ainda é 6,5% menor que antes da pandemia

Renda nas metrópoles ainda é 6,5% menor que antes da pandemia

Há pouco mais de dois anos, no segundo trimestre de 2020, os primeiros efeitos econômicos e sociais da pandemia da Covid-19 começaram a ser sentidos nas metrópoles brasileiras, com destaque para a redução da renda do trabalho.

Após sucessivas quedas, a renda domiciliar per capita do trabalho nas metrópoles chegava ao pior valor da série histórica no primeiro trimestre de 2022: R$1.448,66. Agora, de acordo com os últimos dados liberados pelo IBGE, entre o primeiro e o segundo trimestres de 2022 houve aumento de 4,8% na renda domiciliar do trabalho, que alcançou a média de R$1.518,35. O valor ainda é 6,5% menor do que aquele encontrado no início de 2020.

As informações estão na décima edição do “Boletim – Desigualdade nas Metrópoles”, produzido em parceria pelo PUCRS Data Social, o INCT Observatório das Metrópoles e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL). Os dados são provenientes da PNAD Contínua trimestral, do IBGE, e dizem respeito à renda domiciliar per capita do trabalho, incluindo o setor informal.

O recorte utilizado é o das 22 principais áreas metropolitanas do país, de acordo com as definições do IBGE. Todos os dados estão deflacionados para o segundo trimestre de 2022, de acordo com o IPCA.

Segundo Andre Salata, professor da PUCRS e um dos coordenadores do estudo, “o aumento recente da renda do trabalho deve ser explicado pela combinação da redução da taxa de desocupação com o arrefecimento da inflação”. Salata também destaca que “esse aumento ocorre após oito semestres seguidos de renda em patamares muito baixo, estando longe de ser suficiente para recuperar as perdas provocadas pela pandemia”.

Share this post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *