PROTAGONIZADO POR DAVI KOPENAWA YANOMAMI, A ÚLTIMA FLORESTA É EXIBIDO NA TV CULTURA DIA 22 DE DEZEMBRO
Sessão, que conta com libras, audiodescrição e closed caption,
|
|
A ÚLTIMA FLORESTA Materiais Imprensa |
Co-escrito e protagonizado pelo xamã, escritor e ativista, Davi Kopenawa Yanomami A ÚLTIMA FLORESTA, de Luiz Bolognesi, será exibido na TV Cultura no próximo domingo (22), às 22h45, com libras, audiodescrição e closed caption. O filme foi produzido pela Gullane e Buriti Filmes, e a exibição é fruto da parceria entre o canal de TV e a Gullane+ e a Buriti Filmes. O licenciamento dos filmes conta com o apoio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativa do Estado de São Paulo e do Ministério da Cultura e Governo Federal, através da Lei Paulo Gustavo.
Combinando documentário e encenação, o longa traz em si a mitologia e os costumes Yanomami a fim de denunciar os efeitos negativos da ação de garimpeiros ilegais. O filme foi feito em colaboração com os indígenas da comunidade Watoriki, na Terra Indígena Yanomami, no estado de Roraima. Em entrevista, Davi Kopenawa Yanomami disse que aceitou fazer o filme para mostrar ao povo da cidade quem são os indígenas brasileiros. “O nosso povo Yanomami não é bicho, não é selvagem. Então eu queria mostrar a imagem do meu pessoal e também a floresta, já que a floresta é a nossa casa, onde a gente vive, onde a gente come, onde a gente faz o estudos dos xapiri, os seres sagrados da floresta, aprende interagindo com a natureza. Por isso foi bom encontrar o Luiz Bolognesi. Eu acho que é um jeito dos não-indígenas sentirem que é importante deixar o povo Yanomami protegido, e de garantir que possa viver em suas terras.” Bolognesi, por sua vez, explica como foi fundamental ter Davi como roteirista do longa, ao seu lado. “Em alguns momentos eu defendia algumas ideias e o Davi dizia ‘não, não é assim que nós contamos, não é assim que as coisas são, não é assim que nós sonhamos’. Eu estava ali com a minha experiência como roteirista tanto dos meus filmes quanto nos de outras pessoas, mas me deixando conduzir por esses modos diferentes de construir uma narrativa cinematográfica. E os Yanomami têm em si uma força e um senso estético muito evidenciados. Eles sabem que são bonitos, não se intimidam diante das câmeras. É um tipo de noção de si que é muito difícil de alcançar para um não-indígena e que também transparece quando filmada.” A exibição na TV Cultural também tem a proposta de que as ações de divulgação e debate sejam acessíveis ao público portador de deficiência. O filme será exibido com libras, audiodescrição e closed caption. O bate papo também contará com intérprete de libras. A ÚLTIMA FLORESTA é uma produção da Gullane e da Buriti Filmes. |
SERVIÇO: A ÚLTIMA FLORESTA CineCult – TV Cultura Domingo 22/12 às 22h45 O filme será exibido com libras, audiodescrição, closed caption. |
|
Sinopse: Os yanomami vivem numa área do norte do país, numa região de montanhas da floresta amazônica marcada por paisagens muito diferentes das que estamos habituados a ver. Chapadões imensos, cachoeiras, corredeiras descem pela mata densa. Muitas vezes, cerrados exóticos se sobrepõem às nuvens, no alto da floresta. Nessas paisagens exóticas e pouco comuns, os yanomami escrevem uma rara história de resistência cultural em nossos dias. Enquanto outros povos são arrastados para a identidade do homem branco, seja pela invasão das igrejas evangélicas, seja pela penetração autorizada ou não de madeireiros, garimpeiros e engenheiros abrindo estradas ou construindo hidrelétricas, os yanomami, liderados pelo líder e grande pajé Davi Kopenawa Yanomami lutam para se isolar e manter a cultura espiritual e cotidiana viva. Travam uma verdadeira guerra para preservar suas identidades, com inúmeros conflitos internos, como o desejo dos jovens de terem celulares ou deixarem a vida na floresta pela vida nas cidades. |
Ficha Técnica
DIRETOR: Luiz BolognesiROTERISTAS: Davi Kopenawa Yanomami, Luiz Bolognesi ELENCO: Davi Kopenawa Yanomami, Ehuana Yaira Yanomami, Pedrinho Yanomami, Joselino Yanomami, Nilson Wakari Yanomami, Júnior Wakari Yanomami, Roseane Yanomami, Daucirene Yanomami DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: Pedro J. Márquez PRODUTORES: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Lais Bodanzky e Luiz Bolognesi PRODUTORAS: Gullane e Buriti Filmes DISTRIBUIDORA: Gullane Ano: 2021 Duração: 74 min. |
Sobre Luiz Bolognesi Roteirista premiado, escreveu e dirigiu o longa-metragem de animação Uma História de Amor e Fúria (2013), vencedor do prêmio Cristal de Melhor Longa Metragem em Annecy. O filme foi exibido nos cinemas de seis continentes e premiado nos festivais de Tóquio, Shangai, Atenas, Bordeaux, Strasbourg, Buenos Aires e pela Academia Brasileira de Cinema. Foi exibido na América Latina pela HBO e TV Globo. O documentário Ex-pajé, onde assina o roteiro e a direção, recebeu o prêmio especial do júri nos festivais de Berlim e Chicago, prêmio da Crítica no Festival É tudo Verdade, além de outros prêmios nacionais e internacionais. Também fazem parte de seu currículo como diretor e co-diretor, obras como o curta Pedro e o Senhor, Cine Mambembe, O Cinema Descobre o Brasil, A Guerra dos Paulistas, Lutas.doc, Educação.doc, Juventude Conectada e Guerras do Brasil.doc. Assina os roteiros dos filmes Bicho de Sete Cabeças, O Mundo em Duas Voltas, Chega de Saudade, Terra Vermelha, As Melhores Coisas do Mundo, Amazônia, Planeta Verde, Elis e Bingo - O Rei das Manhãs. Seus trabalhos receberam prêmios nacionais e internacionais e foram exibidas em países dos cinco continentes. |
Sobre a Gullane+ Gullane+ é uma distribuidora de obras audiovisuais, parte do grupo Gullane que conta com reconhecimento internacional pela qualidade de suas realizações. São mais de 40 títulos no catálogo. Desde filmes lançados em salas de cinema, a conteúdos exibidos em canais de TV e plataformas de streaming em mais de 70 países. A Gullane+ soma seus esforços para a difusão da pluralidade do conteúdo brasileiro. |
Sobre a Buriti Filmes A Buriti Filmes é uma produtora audiovisual independente fundada em 1997 por Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi. Ao longo desses anos, produziu cerca de dezesseis obras entre curtas, séries, documentários e longas-metragens. Na ficção teve sua estreia na competição oficial do Festival de Locarno com o filme Bicho de Sete Cabeças (coprodução Brasil/ Itália – 2001) – de Laís Bodanzky. Filme que projetou o ator Rodrigo Santoro para o mundo e que se tornou um clássico na cinematografia brasileira. Entre os filmes e séries de destaque estão Educação.doc, Cine Mambembe – O Cinema Descobre o Brasil, Mulheres Olímpicas, As Melhores Coisas do Mundo, Guerras do Brasil.doc, Chega de Saudade, Uma História de Amor e Fúria, Como Nossos Pais e Ex-Pajé. Suas obras conquistaram prêmios nacionais e internacionais, incluindo o mais importante prêmio de animação mundial, em Annecy e melhor filme no Festival de Gramado. Também teve seus filmes exibidos em mais de 30 países. Durante 15 anos foi responsável pelos os projetos sociais Cine Tela Brasil de ensino e exibição de filmes nas periferias do Brasil, promovendo o encontro entre cinema e educação nas comunidades de baixa renda. O projeto levou mais de 1.3 milhões de pessoas ao cinema, a maioria pela primeira vez, em 759 bairros de todo o Brasil e produziu mais de 450 curtas de jovens moradores de periferias. Produziu a animação Perlimps, com direção de Alê Abreu. |
Deixe um comentário