Prisão por corrupção no Parlamento Belga
A justiça Belga decretou no último domingo, 11, a prisão preventiva de 4 pessoas acusadas de participar do escândalo de corrupção no Parlamento Europeu envolvendo o Catar. Entre os detidos estão deputados e ex-parlamentares.
Segundo o Ministério Público Belga, a suspeita é de que tenham sido repassadas “importantes somas de dinheiro e presentes significativos a pessoas com uma posição política ou estratégica dentro do Parlamento Europeu para influenciar as decisões” da instituição.
A operação investiga o possível pagamento de propina em bens e dinheiro para que deputados votassem a favor de um país do “Golfo” em resoluções e projetos analisados dentro do Parlamento Europeu. Essa nação seria o Catar, envolvida em uma série de denúncias de violação de direitos humanos durante os preparativos para a Copa do Mundo.
O órgão não divulgou o nome dos suspeitos, mas, de acordo com fontes judiciárias, um dos detidos na Bélgica é a vice-presidente grega do Parlamento Europeu, Eva Kaili.
Na sexta-feira, a polícia belga encontrou “sacos de dinheiro” no imovél de Eva enquanto cumpria um mandado de busca e apreensão. Segundo o MPF, foram apreendidos 600 mil euros em espécie (R$ 3,3 milhões) em um dos endereços alvo da investigação. Devido a esse flagrante, Eva não poderá se beneficiar de sua imunidade parlamentar na investigação.
Conforme os jornais belgas, os outros três detidos são italianos: o ex-eurodeputado Antonio Panzeri, o assistente parlamentar do grupo dos socialistas no Parlamento e marido de Kaili, Francesco Giorgi, e o diretor da ONG No Peace Without Justice, Niccolò Figa-Talamanca.