Primeiro fim de semana de Rock In Rio tem grandes shows, protesto contra Bolsonaro e vaias
O Rock In Rio começou na sexta-feira, 27, sua oitava edição brasileira. Ao todo, serão duas semanas de celebração, com alguns dos mais conhecidos nomes do pop, do rock, do rap e do heavy metal. De todas as atrações, sete atrações são consideradas imperdíveis pelos críticos de música. Veja como foram os shows.
O primeiro dia do evento foi marcado por protestos da plateia contra o presidente Jair Bolsonaro, durante o show de Alok. O DJ fazia um discurso sobre amor e tolerância quando a plateia reagiu e passou a gritar palavras contra o presidente Jair Bolsonaro. “Se vocês também acreditam que o amor é o caminho, que a gente deve amar o próximo como se não houvesse amanhã, dá um grito Rock in Rio”, disse Alok.
A grande expectativa em relação ao show do rapper canadense é porque o artista é considerado a maior atração do festival. Ele está acostumado a quebrar recordes nas paradas. Drake chegou a ter seis discos simultaneamente entre os 200 mais vendidos da parada americana e superou três recordes dos Beatles. Colocou sete canções entre as dez mais contra cinco do quarteto inglês; quebrou um recorde de 1964 ao ter dez canções na parada por um ano inteiro e se tornou o segundo artista a ter mais canções entre as dez mais executadas. Drake é dono de um estilo de rap mais melodioso, com forte influência de soul music – uma pulsação irresistível para curtir e dançar. O show foi considerado muito bom, pelo público e crítica.
Drake deixou polêmica: proibiu a Globo de filmar seu show o que causou mal estar com diretores da emissora, que no lugar do show transmitiu uma apresentação antiga de Rihanna no horário exato em que o rapper canadense estava no palco Mundo. O motivo da escolha? Rihanna é ex-namorada de Drake, pelo Multishow, canal fechado da Rede Globo.
O segundo dia do Rock In Rio, 28, foi de chuva para quem estava acompanhando o Rock In Rio, mais nem por isso os fãs desanimaram. Capa de chuva foi o acessório mais visto durando o dia do sábado.Teve mistura de forró e rock, mais protestos, fã convidado para tocar no palco e muita alegria. O grupo levou três convidados bastante diferentes para o palco Sunset. Cantaram sucessos de mais de 30 anos de carreira e fizeram vários covers de rock nacional.
Além disso, Detonautas tomou conta do palco durante a tarde de festival. O vocalista Tico Santa Cruz chegou de moto e levou o público a loucura! A banda também falou de amor ao próximo. Tico pediu que a plateia se unisse em um ato de carinho e troca de abraços.
Entretanto, a banda também falou de temas polêmicos como saúde mental. Logo em seguida a banda Pavilhão 9, se uniu ao Detonautas. Hits dos anos 90 como Mandando Bronca, fizeram parte do setlist. Logo a união em cima do palco rendeu críticas ao atual governo, vindas do público, mas Tico Santa Cruz preferiu não agitar ainda mais os ânimos da galera e pediu para evitar “energias negativas”.
Em seguida a banda Whitesnake retornou aos palcos do festival após 34 anos de sua apresentação.
A banda Tenacious D levantou o público no Rock In Rio ao convidar o baixista brasileiro Júnior Bass Groovador para tocar junto com eles no maior palco do festival. Ao ver um vídeo do baixista potiguar tocando Nirvanna em ritmo de forró, o vocalista da banda, Jack Black, adorou a proposta e decidiu convida-lo na noite do sábado para participar do show. Mesmo sem o repertório muito conhecido a banda conseguiu atrair a atenção de quem passou pelo festival e foi bastante aplaudida. A irreverência da banda que se autointitula “melhor do mundo” também foi bastante comentada por quem nunca tinha ouvido sequer falar da dupla de atores e comediantes que montaram a Tenacious D.
Foo Fighters (28/09, Palco Mundo)
O grupo liderado pelo baterista, guitarrista e vocalista Dave Grohl é imbatível ao vivo. Uma máquina de reciclar o hard rock dos anos 70 para aproximá-lo do espírito do novo rock alternativo. A banda traz de volta a energia do rock’n’rol, com três guitarristas – Grohl, Pat Smear e Chris Shiflett –, o baixista Nate Mendel, mestre na tradição dos instrumentistas discretos mas essenciais no palco, e Taylor Hawkins, um baterista mais frenético que coelho de propaganda de pilhas. Some-se a isso um caminhão de hits com refrões feitos na medida para o público cantar junto. A nostalgia marcou a apresentação da banda, que encantou fãs e público. Aliás, o Foo Fighter influenciou muitas bandas nacionais, a exemplo do Detonautas, Titãs, CPM 22, entre outras.
O show de Elza Soares se destacou por ter o palco todo amarelo, músicos e convidados também da mesma cor. E o destaque não foi apenas para tom amarelo. Elza levantou questões políticas e falou muito em defesa dos negros e das mulheres e contra machistas, citou também Ágatha Felix, Marielle Franco e Evaldo Rosa. Bem ousada e com sua roupa toda trabalhada no brilho, surgiu no palco tocando bateria e levou o público a delírio! A baiana misturou funks do Bonde do Tigrão, MC Serginho e Anitta nos seus maiores sucessos e ainda citou: “Eu cheguei no Rio de Janeiro e abracei um ritmo dessa terra, dessa cidade. Um ritmo que faz 30 anos. Um beijo a todos os funkeiros, parceiros queridos. Hoje é dia de rock. E de axé, bebê”. Voltando para o Palco Sunset, quem entrou chamando muita atenção e brilho foi a cantora Iza. Com a Cidade do Rock já mega lotada, o público foi ao delírio quando a jurada do The Voice Brasil 2019 e diva do pop subiu ao palco toda vestida de branco. Após o seu sucesso “Ginga”, Iza disse que estava na plateia em 2015.Ademais, o show também contou com a participação do rapper Edgar, Jéssica Ellen, Mike, Kell Smith, As Bahias e A Cozinha Mineira, que exclamaram “Viva as travestis”. Com a plateia já curtindo bastante, Elza fez questão de elevar os ânimos ao declarar: “Nós não sabemos votar, precisamos aprender. Esse Rio de Janeiro acabado, completamente distorcido.” Em seguida, o público começou a gritar contra o presidente Jair Bolsonaro.
O show da banda Goo Goo Dols teve uma hora de duração e apenas 13 músicas. Não faltaram hits como “Here is Come” e “Black Balloon”. Então, para a alegria de todos, o melhor momento ficou para o final com “Iris”, tema do filme “Cidade dos Anjos”, de 1998, momento em que o público ligou as lanternas dos celulares e fez um espetáculo. Sem dúvida, essa foi a música mais marcante do show. Aliás, o clima foi o mesmo e sem muitas surpresas por lá.
A cantora britânica emocionou bastante a galera com um discurso, digamos assim, motivacional. Jessie também pediu para o público curtir o momento, tirar fotos, filmar, mas queria ver o rosto de todos ao invés do telefone na frente. A saber, última vez que ela esteve por aqui foi em 201,3 no próprio Rock in Rio, tocando no Palco Mundo, na mesma noite de Katy Perry. O show deste domingo contou com alguns sucessos como “It’s my party”, “Bang Bang” e “Prince Tag”.
Por fim, David Matheus Band, que trouxe novidades do álbum “Come Tomorrow”, lançado em 2018. O show empolgou muito o público, que aguardava ansiosamente o headliner Bon Jovi, mas puderam apreciar uma apresentação com muita técnica e um belo instrumental.
A banda que costuma fazer shows mais longos, com cerca de 3 horas de duração, dessa vez foi um pouco menor. O interessante, é que eles montam o setlist antes de cada apresentação. Nessa escolha de set, “Shake me like a Money” , “Jumi Thing” e “Crash” into me estavam na lista.
Ivete Sangalo foi a primeira atração do Palco Mundo
Bem ousada e com sua roupa toda trabalhada no brilho, surgiu no palco tocando bateria e levou o público a delírio! A baiana misturou funks do Bonde do Tigrão, MC Serginho e Anitta nos seus maiores sucessos e ainda citou: “Eu cheguei no Rio de Janeiro e abracei um ritmo dessa terra, dessa cidade. Um ritmo que faz 30 anos. Um beijo a todos os funkeiros, parceiros queridos. Hoje é dia de rock. E de axé, bebê”.“Que a gente possa amar com liberdade, porque isso é o que nos resta hoje. Amar e saber amar, e amar o outro e respeitar o amor do outro”. – disse a cantora. Rolou também covers, “Gostava tanto de você” e “Além do Horizonte” de Tim Maia e Roberto Carlos, sem contar o belo discurso de amor e o show dedicado aos seus três filhos. Em 2017 ela estava grávida das gêmeas. Para fechar a ousadia, Ivete subiu em uma onça dourada e brincou dizendo que era uma onça em cima da outra.
IZA faz a sua estreia como cantora no Festival
Voltando para o Palco Sunset, quem entrou chamando muita atenção e brilho foi a cantora Iza. Com a Cidade do Rock já mega lotada, o público foi ao delírio quando a jurada do The Voice Brasil 2019 e diva do pop subiu ao palco toda vestida de branco. Após o seu sucesso “Ginga”, Iza disse que estava na plateia em 2015.
Do pop para o samba, Iza chamou para o palco a marrom Alcione e cantaram alguns sucessos, entre eles “Chains of Fools”, que regravaram recentemente. Ademais, o show também teve holofotes voltados para Luara, uma dançarina mirim. Contudo, o mais incrível é a semelhança de Luara com Iza. A menina de 9 anos encantou o público. “Durante o show do Sam Smith, ajoelhei no chão e falei ‘Deus, eu sei que em 2017 não vai dar, mas em 2019, por favor, se eu tiver a oportunidade de fazer o que ele está fazendo, que é emocionar as pessoas, eu acho que vou ser a pessoa mais feliz do mundo’. E olha aí, Rio de Janeiro!” – contou IZA.
Goo Goo Dolls faz show morno no Palco Mundo
Às 20:10, Goo Goo Dolls subiu no palco! Os caras estão fazendo a sua primeira turnê no Brasil abrindo os shows do Bon Jovi. Com isso, eles aproveitam para divulgar o trabalho mais recente da banda, lançado cerca de um mês, o “Miracle Pill”. Por fim, interagiram com o público bem como tentaram chamar a galera para engajar a todo momento.
O show teve uma hora de duração e apenas 13 músicas. Não faltaram hits como “Here is Come” e “Black Balloon”. Então, para a alegria de todos, o melhor momento ficou para o final com “Iris”, tema do filme “Cidade dos Anjos”, de 1998, momento em que o público ligou as lanternas dos celulares e fez um espetáculo. Sem dúvida, essa foi a música mais marcante do show. Aliás, o clima foi o mesmo e sem muitas surpresas por lá.
Para fechar a noite no Palco Sunset, rolou Jessie J
A cantora britânica emocionou bastante a galera com um discurso, digamos assim, motivacional. Jessie também pediu para o público curtir o momento, tirar fotos, filmar, mas queria ver o rosto de todos ao invés do telefone na frente. A saber, última vez que ela esteve por aqui foi em 201,3 no próprio Rock in Rio, tocando no Palco Mundo, na mesma noite de Katy Perry. O show deste domingo contou com alguns sucessos como “It’s my party”, “Bang Bang” e “Prince Tag”.
Dave Matthews Band foi a penúltima banda a se apresentar nessa noite.
A banda trouxe novidades do álbum “Come Tomorrow”, lançado em 2018. O show empolgou muito o público, que aguardava ansiosamente o headliner Bon Jovi, mas puderam apreciar uma apresentação com muita técnica e um belo instrumental.
A banda que costuma fazer shows mais longos, com cerca de 3 horas de duração, dessa vez foi um pouco menor. O interessante, é que eles montam o setlist antes de cada apresentação. Nessa escolha de set, “Shake me like a Money” , “Jumi Thing” e “Crash” into me estavam na lista.
Rolou cover também e bem diferente! Os caras mandaram “Back in Black” do AC/DC no instrumental e cantaram “Stayin Alive” do Bee Gees. Parece confuso, mas agradou a galera. Rolou também “Sexy MF”, do Prince.
Bon Jovi lavou a alma tocando seus grandes hits e o público vai a delírio!!!
O vocalista Jon Bon Jovi entrou no palco cheio de energia e mostrou porque é uma das bandas mais aguardadas do festival. A banda tocou maiores sucessos como “Have a Nice Day”, “You Give Love a Bad Name”, “Wanted Dead Or Alive”, “It’s My Life”, “Wanted Dead or Alive”.
Em “Bed of Roses”, como sempre faz, Jon chamou uma moça da platéia até o palco dançou e em seguida deu um beijo. Um pouco depois, desceu do palco e ficou bem perto de seus fãs, com muito carinho, interagindo sempre com o público, que por sinal, não arredou o pé da cidade do rock. Foi de arrepiar quando voltaram do bis para tocar “Always” e para finalizar o showzaço, a clássica “Livin’ on a Prayer”. E assim foi o primeiro final de semana do Rock in Rio! E aí, o que acharam desse terceiro dia de festival?
Confira o que ainda vem por ai:
Nile Rodgers & Chic (03/10, Palco Mundo)
O guitarrista e produtor Nile Rodgers é um dos principais nomes da música pop das últimas décadas. À frente do Chic, grupo que formou ao lado do baixista Bernard Edwards, ele foi um dos arquitetos da disco music. Como produtor, Rodgers trabalhou com David Bowie, Duran Duran e Madonna, entre outros. O guitarrista recentemente foi redescoberto pela dupla eletrônica Daft Punk, com quem, fez o sucesso Get Lucky. Rodgers toca os clássicos do Chic e mostra seus feitos musicais, numa apresentação mega dançante. Prazer garantidíssimo.
P!nk (05/10, Palco Mundo)
Versatilidade, teu nome é P!ink. A americana iniciou sua carreira no início dos anos 90, com o tempero do R&B (o novo nome da soul music). Depois, se aproximou do rock, tanto nas variações mais pesadas quanto nas baladas (entre os colaboradores que acumulou estão Tim Armstrong, do grupo punk/pop Rancid, e Linda Perry, do 4 Non Blondes). As apresentações de P!nk costumam ser marcantes, com uma banda muito bem azeitada, uma pegada de rock’n’roll e acrobacias arriscadas. Ela até exagera na empolgação: em 2010, chegou a despencar do alto do palco durante uma apresentação na Alemanha.
Mano Brown & Bootsy Collins (27/09, Palco Sunset)
Uma das melhores características do Sunset, palco secundário do Rock in Rio, é reunir artistas de origens diferentes, mas que falam a mesma linguagem. Mano Brown, rapper dos Racionais MC’s, lançou no ano passado o álbum Boogie Naipe, no qual recicla a sonoridade dos bailes black dos anos 70. Seu encontro com Bootsy Collins, ex-baixista da banda de James Brown (e autor do groove de Sex Machine) e ex-colaborador de George Clinton (outra lenda do funk), é uma oportunidade e tanto para incendiar a festa.
Slayer (04/10, Palco Sunset)
A apresentação no Rock in Rio marca a despedida do quarteto americano de thrash metal dos palcos brasileiros e mundiais. No início de 2019, o Slayer anunciou que iria se aposentar dos palcos – os motivos vão desde os problemas de saúde do baixista e vocalista Tom Araya às infindáveis brigas entre seus integrantes. O grupo é uma lenda do heavy metal. Eles criaram um estilo rápido e agressivo, com letras que fazem referências a assassinos (como Dead Skin Mask, inspirada no serial killer Ed Gein), guerras e demônios. Hits como Reign in Blood e Seasons in the Abyss são garantidos.
King Crimson (06/10, Palco Sunset)
Com 50 anos de atraso, essa lenda do rock progressivo faz sua estreia por aqui. Liderado pelo guitarrista Robert Fripp, um sujeito tão excêntrico quanto genial, o grupo faz um som mais para a cabeça que para os pés. São canções intrincadas, de uma precisão quase matemática, nas quais Fripp coloca em ação sua guitarra cheia de efeitos. O King Crimson teve diversas formações, mas a atual tem como atrativo TRÊS bateristas, o baixista Tony Levin (ex-Peter Gabriel e John Lennon) e Mel Collins, saxofonista que fez parte do período clássico do grupo.
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