Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia foram afastados pela PRF e estão sendo investigados em um procedimento administrativo disciplinar. A reportagem exibida no programa Fantástico divulgou fotos de dois dos envolvidos: No centro da foto Paulo Rodolpho Lima Nascimento e Willian de Barros Noia
Genivaldo tinha 38 anos e fazia tratamento psiquiátrico. Foi xingado, agredido, imobilizado e, por fim, sufocado no porta-malas da viatura da Polícia Rodoviária Federal. A morte dele aconteceu no dia em que o mundo lembrava os dois anos do assassinato do americano George Floyd, nos Estados Unidos. Mais uma vez, a brutalidade policial tirou a vida de um homem negro.
A abordagem continuou no meio da pista. Os policiais prendem as mãos e tentam prender os pés de Genivaldo. Na tentativa de imobilização, os policiais tentam usar a técnica conhecida como mata-leão, já abandonada por forças policiais mundo afora e também no Brasil. Eles pressionam com os joelhos o pescoço e o peito de Genivaldo, que parece dominado. Os agentes decidem colocá-lo na viatura. Com as pernas, Genivaldo impede o fechamento da porta traseira.
Um dos policiais joga um dispositivo dentro do porta-malas. A fumaça de gás lacrimogêneo surge e, por mais de um minuto, eles continuam pressionando a porta. Uma das testemunhas alerta os policiais: “Vai matar o cara”.
Quando eles finalmente abrem a porta, Genivaldo parece estar desacordado e não resiste mais.
O gás lacrimogênio expulsa o oxigênio do ambiente. Isso pode causar o colapso do sistema respiratório e provocar asfixia.
A OAB cobra prisão cautelar dos envolvidos e a ONU pediu uma “investigação célere e completa” do caso. A investigação em Umbaúba é feita pela Polícia Federal, que mandou peritos de Brasília.