Preso por ser o chefe do tráfico em aviões da FAB investiu em construção de Hotel em Barra Grande, Maraú, Bahia
Preso de desde o dia 19 de outubro, pela Policia Federa, Marcos Daniel Penna Borja (foto tirado do Instagram), suspeito de liderar o tráfico internacional de cocaína por meio de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), teria acumulado milhões com o crime. Conhecido como ‘Chico Bomba’, em três anos, ele teria movimentado cerca de R$5 milhões. Preso na semana passada, Marcos Gama vivia com luxo e morava no Lago Sul de Brasília. Ele teria ameaçado testemunhas. A prisão de Marcos marca a quinta fase da Operação Quinta Coluna.
As informações são do Jornal Metrópeles e segundo o veículo, que acessou exclusivamente os comprovantes de rendimento apresentados por ‘Chico Bomba’ à Receita Federal, o acúmulo financeiro do traficante, deu-se no ano de 2019, mesmo ano em que Manoel Silva Rodrigues, sargento da Aeronáutica foi preso com 39kg de drogas na Espanha.
A Policia Federal suspeita que os valores declarados sejam oriundos da lavagem de dinheiro e representem apenas uma pequena parcela das cifras milionárias utilizadas por ‘Chico Bomba’, em Brasília e em estados como a Bahia, onde fez investimentos.
Segundo ainda o Metrópoles, os arquivos do narcotraficante demonstram que ele não teve renda nos anos de 2013 e 2014. Contudo, em 2015, Chico Bomba apresentou faturamento bruto de R$ 48,1 mil. Nos dois anos seguinte, os valores foram menores, com R$ 28,4 mil em 2016, e uma pequena recuperação em 2017, com renda declarada de R$ 35,6 mil. Nas declarações, após a subida da renda, Marcos Gama informou apenas R$ 2. Em 2019, atingiu o ápice, com R$ 198,2 mil.
Luxo
Quando ‘Chico Bomba’ declarou não dispor de recursos, em 2013, os auditores fiscais identificaram a compra de um apartamento de luxo, na Asa Sul, em Brasília, por R$ 2,3 milhões, pago em espécie e registrado no nome da antiga esposa.
Ainda de acordo com a apuração do Metrópoles, a ex-companheira declarou não ter condições para o recurso aplicado na casa e que o valor foi financiado por Marcos Gama. O traficante também comprou um carro por R$101,5 mil, do modelo ASX da Mitsubishi, todos pago à vista, R$ 96 mil em espécie e R$ 5 mil no cartão de débito.
Investigado desde 2015 pela Receita Federal
A Receita Federal investiga desde 2015 o empresário. Naquele ano, Marcos Gama comprou uma mansão no Lago Sul, região nobre de Brasília, por R$ 1,6 milhão. Do total, o suspeito pegou R$ 800 mil a título de empréstimo com o próprio pai. O restante teria sido repassado em espécie. A Receita Federal também concluiu que ‘Chico Bomba’ fraudou escritura pública da residência, já que na certidão, ele informa a compra do bem por R$800 mil, menos da metade do valor real. Os auditores fiscais identificaram que a compra do imóvel foi feita em nome da ex-companheira do empresário e que a mulher, no mesmo dia, doou o imóvel à filha do casal.
Ostentação e investimentos na Bahia
Em 2019, o suspeito ostentava a imagem de empresário bem-sucedido. Nessa época ele fez investimento de R$ 1 milhão junto a uma construtora que estava com empreendimento em construção em Barra Grande, na Peninsula de Maraú.
No papel de acionista, Marcos entregou aos sócios R$ 495 mil, em espécie. Ano passado, a incorporadora passou por uma crise financeira resultando no empréstimo de R$ 2 milhões feito pelo narcotraficante. Segundo depoimento dos donos da construtora ele queria pagar em dólar, mas como não foi aceito usou, usou um amigo para pagar em cespécie.
O empresário é apontado como um dos donos da droga encontrada na mala do sargento Manoel Silva Rodrigues, em 2019, que se encontra preso na Espanha. Naquela ocasião, Rodrigues foi pego pela polícia espanhola carregando 37 kg de cocaína ao desembarcar em Sevilha em um avião de apoio da comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Empreendimentos
Marcos Gama mantém negócios que, de acordo com a Polícia Federal, serviriam para lavagem de dinheiro. Ele é sócio da Premier Academia Ltda., localizada na Asa Sul; da Belix Incorporações, na Asa Norte; e da PCL Serviços Administrativos, em Santa Catarina. As empresas foram alvo da PF.
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