Policia pede prisão preventiva pela morte da empresária Thais Rocha Secundino, em São paulo
A Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária de duas pessoas suspeitas de participar da morte da empresária Thais Rocha Secundino, 28.
O corpo da mulher com várias perfurações a faca, foi encontrado dentro do carro dela, um Jeep Renegade, na tarde da última sexta, 3.
A principal linha de investigação da policia é a de que a morte ocorreu por questões financeiras. A vítima era dona de uma adega na avenida São João, no centro de São Paulo. Segundo informações do boletim de ocorrência, ela também atuava como agiota e, por causa disso, estaria recebendo ameaças de morte.
Os presos são uma mulher de 31 anos, funcionária da empresária que seria responsável pela cobrança dos empréstimos, e um taxista de 45 anos, que fazia o transporte da colaboradora até os devedores.
Na noite de sexta, quando os policiais chegaram ao local do crime, Thais estava sentada no banco do passageiro. Ela tinha ferimentos em diversas partes do corpo, inclusive no pescoço. A perícia contou 11 perfurações nas costas, o que indica que ela possivelmente foi morta em outro local, já que não existiam marcas no banco, nem sangue suficiente para indicar que o crime tivesse ocorrido dentro do automóvel.
Dentro do carro, os investigadores encontraram uma agenda com anotações financeiras. Não foram localizados pertences da vítima, como bolsa ou telefone celular.
Amizade entre a vitima e a suspeita
“Thais e Cintia eram amigas há bastante tempo em outro tipo de trabalho que elas tinham. A Thais se deu bem financeiramente, chegou a informação que a família dela tem a condição financeira boa lá em Minas Gerais, e ela abriu essa adega e consta também que ela era sócia de uma boate. Então, ela deu emprego a Cintia, que era a responsável por fazer cobranças. No caso, a Thais havia partido para o lado da agiotagem”, disse a autoridade policial.
Segundo a delegada, além de Cintia, também foi preso o motorista dela, Leandro Santos. Ambos são suspeitos após divergências em seus depoimentos e também devido ao namorado de Thais relatar que ela teria ido cobrar explicações da amiga naquele dia, após descobrir que vinha tendo dinheiro desviado por ela.
“Ela [Thais] emprestava dinheiro a um valor cobrando juros, bastantes altos, e a Cintia ganhava uma comissão [para cobrar as dívidas]. O Leandro ganhava um salário para ser o motorista da Cintia nessas cobranças que ela fazia semanalmente. Ele ganhava uma porcentagem que a Cintia pagava. Os dois vinham roubando a Thais, e ela descobriu. A dupla não tinha nenhum vínculo afetivo”, acrescentou a delegada.
Ainda de acordo com a autoridade policial à frente do caso, Thais foi morta com ao menos 16 facadas. Cintia, considerada suspeita pelo crime pela polícia, teria chorado pela morte da amiga e pedido por justiça.
Amiga chorou muito com a morte
“Ela chorava muito, lamentava demais a morte, estava muito inconformada. Até então considerávamos que eles [amiga e motorista] seriam testemunhas [do crime]”, disse a delegada, reforçando que as investigações depois os apontaram como principais suspeitos na morte da empresária.
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