Pets idosos são mais vulneráveis ao frio e precisam de cuidados especiais no inverno
O inverno na Bahia não é tão rigoroso como em outros estados brasileiros, mas os ventos em excesso e as chuvas tornam a temperatura mais amena, exigindo, portanto, cuidados com a saúde, inclusive com a dos animais de estimação, sobretudo os idosos. A médica-veterinária e conteudista do aplicativo VetGuide, Simone Freitas, explica que a atenção precisa ser redobrada nesta época do ano, pois os pets com idade avançada são ainda mais suscetíveis a dores no corpo – muitas vezes provenientes de doenças articulares degenerativas (DAD).
“O animal idoso, naturalmente, perde massa muscular e camada de gordura, podendo desenvolver problemas que atingem as articulações como a osteoartrite e osteoartrose, que são exemplos de DADs. Essas doenças são classificadas como crônicas e degenerativas, ou seja, não têm cura, e apresentam como sintoma principal a dor intensa que piora quando o animal se movimenta ou em períodos mais frios, como é o caso do inverno. Por isso, os bichinhos mais velhos ficam menos ativos, com mobilidade reduzida, afetando, assim, a sua qualidade de vida”, esclarece Simone Freitas, que é pós-graduada em Cirurgia de Pequenos Animais de Tecidos Moles e doutora em Imunologia pela UFBA.
A veterinária ainda conta que a dor no inverno pode ser tão intensa que afeta, inclusive, simples situações do cotidiano. “É importante que tutores de pets idosos fiquem atentos aos sinais, como falta de vontade de passear e brincar, dificuldade para andar, caminhar mancando, não conseguir subir e descer escadas, mudança de comportamento, etc. Caso esses sinais sejam identificados é necessário buscar ajuda de um veterinário o mais breve possível”, salienta.
Proteção e outros animais
Se você tem um bichinho idoso em casa, a primeira dica de Simone Freitas é que já tenha o hábito de levá-lo ao veterinário, pois ele necessita de cuidados diferenciados. “Para protegê-lo do frio e amenizar as dores nas articulações, as recomendações são usar caminhas e cobertores macios e secos, manter o ambiente bem fechado, vestir o animal com roupas quentinhas, oferecer água ao longo do dia e alimentação adequada à idade dele, além de evitar atividades que exigem muito esforço”, aconselha a veterinária.
Especialista em Animais Silvestres, doutora em Ciência Animal nos Trópicos e conteudista do VetGuide, a veterinária Janis Cumming faz outro alerta importante com relação aos répteis, a exemplo dos jabutis e tartarugas. “A espécie, que é criada por inúmeras famílias como pet, apesar de não ser um animal doméstico, também pode sentir frio no inverno, ainda que tenha um maior controle interno de temperatura por conta da carapaça. O fato é que tartarugas e jabutis podem ficar ainda mais letárgicos nessa época. Eles ficam bem mais lentos do que já tradicional, em termos de locomoção, e a digestão também é afetada, com deglutição ainda mais vagarosa. Em termos de cuidados, a orientação é oferecer um local aquecido, sem forte corrente de vento e chuva, e com acesso a raios de sol durante o dia”, detalha.
VetGuide
Aos veterinários, as especialistas salientam que o aplicativo VetGuide, voltado exclusivamente à categoria médica e estudantes da área, é possível acessar diversos conteúdos técnicos que vão auxiliar nos estudos e no dia a dia da profissão, como é o caso das Doenças Articulares Degenerativas (DAD). Com mais de 30 mil usuários ativos, o app está disponível para download nos sistemas Android e iOS. Outras informações no www.vetguide.com.br.
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