Petrobrás anuncia mais um aumento da gasolina. Aonde vamos parar?
A Petrobrás anunciou mais uma aumento da gasolina para as suas distribuidoras a partir desta terça-feira, 26. O aumento será de 7,04% para a gasolina e de 9,15% para o diesel. No acumulado do ano, a alta chega a 63,5% nas refinarias. Em 12 meses, as altas foram de 35,056% e de 39,6%.
O consumidor sofre as consequências desses aumentos contínuos no bolso. Nos postos de combustíveis o valor do litro da gasolina já está em R$ 6, 36 em média, com pequenas variações nas capitais. Este é o quarto aumento no ano.
Como é composto o valor da gasolina?
A formação do preço dos combustíveis é composta pelo preço exercido pela Petrobras nas refinarias, mais tributos federais (PIS/Pasep, Cofins e Cide) e estadual (ICMS), além do custo de distribuição e revenda. Acrescenta o custo do etanol anidro na gasolina, e o diesel tem a incidência do biodiesel. As variações de todos esses itens são o que determina o quanto o combustível vai custar nas bombas.
Segundo economistas, o principal ‘motor’ das altas da gasolina e do diesel vem sendo o real desvalorizado. Até a última sexta-feira (22), o dólar – moeda à qual o valor do petróleo é atrelado – acumulava alta de 8,5% sobre o real, este ano.
Outro fator que afeta o valor do dólar é a conjuntura política. Incertezas na economia; o Auxilio Brasil, que vai furar o teto dos gastos e a fraca movimentação no Congresso para a aprovação de reformas, em especial na máquina administrativa do governo Bolsonaro, que só infla a dívida interna do país.
Há ainda um fator adicional de pressão. O valor do combustível também é influenciado pela recuperação da cotação do petróleo no mercado internacional.
Depois do choque provocado pela pandemia de coronavírus, a economia global deve ter um crescimento robusto neste ano, o que aumenta a busca pela commodity e, consequentemente, ajuda a puxar os preços para cima.
Preço do petróleo no mercado externo
Segundo os economistas, o dólar – moeda à qual o valor do petróleo é atrelado , acumulou um alata de 8,5% sobre o real, este ano.
Tributação/ ICM estaduais
Uma das principais acusações correntes sobre a alta de preços está relacionada ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – o ICMS. O imposto estadual, de fato, tem grande peso sobre o valor na bomba. A alíquota varia entre os estados: no caso da gasolina, chega a 30% em alguns locais.
O valor nominal do ICMS pago por litro de combustível cresceu porque seu custo, usado como base para o cálculo, está maior.
As alíquotas, no entanto, são as mesmas cobradas antes da atual crise: tanto em maio do ano passado, quando a gasolina custava, em média, R$ 4, quanto em setembro, com o preço a R$ 6. O percentual cobrado em São Paulo, por exemplo, continua em 25%. O setor de combustíveis é responsável por 24% da arrecadação de ICMS do Estado da Bahia.
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