Pesquisa Serasa mostra que brasileiros estão mais preocupados com a felicidade

Pesquisa Serasa mostra que brasileiros estão mais preocupados com a felicidade

O levantamento feito pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, avaliou como está a vida financeira dos brasileiros, após dois anos de pandemia. As preocupações econômicas aumentaram em relação ao ano passado e revelam relação direta com reflexos psicológicos. Hoje, a prioridade do brasileiro é a felicidade.  Antes da pandemia, 32% dos entrevistados responderam que esta era uma preocupação, agora, o percentual subiu para 38%.

Para o psiquiatra Ilton Castro o índice revela o ajustamento de valores diante do cenário de limitações da pandemia. “O isolamento familiar, entre amigos e pessoas do convívio íntimo teve um alto custo emocional, de difícil resgate. Fases foram interrompidas, avós perderam os primeiros passos dos netos, crianças deixaram de conviver com a família, relacionamentos se fragilizaram. O momento agora é retomada desses laços”, afirma o médico psiquiatra Ilton Castro.
A pesquisa demonstra que o apreço pelas relações familiares e afetivas está em alta, acima de satisfações imediatas de consumo. É o que afirmam 85% dos entrevistados. A preocupação com o futuro também está maior segundo 83% dos ouvidos.
“O cenário demonstra que o brasileiro ainda enxerga uma luz no fim do túnel. Embora esteja imerso em preocupações financeiras, deposita esperança de que  a vida melhore. Este sentimento pode nortear buscas por melhores retornos”, explica o psiquiatra.
Segundo a pesquisa, a dificuldade financeira tem gerado pensamentos negativos em 65% dos ouvidos e 67% relataram problemas de concentração. Os casos mais críticos foram confirmados por 65% dos participantes, assumindo terem desenvolvido ansiedade, devido à crise financeira.
Sentimentos que refletem na mudança no comportamento de consumo de lazer. Entre os 2.032 ouvidos, 58% declaram gastar menos, ou até mesmo nada (31%) em shoppings, bares, restaurantes e viagens.
O corte mais expressivo foi de idas aos shoppings. Antes da pandemia, o hábito era comum entre 50% dos ouvidos, e agora, apenas para 27%. Bares e restaurantes também perderam  clientes. Antes, 47% faziam uso regular dos espaços, e agora, o número caiu para 28%. Os brasileiros também estão fazendo menos as malas, a compra de viagens que era habitual para 46% dos ouvidos, caiu para 28%.
Embora na pesquisa o consumo em lojas tenha caído na preferência do público, a Associação Brasileira de Shopping Centers monitora uma retomada gradual na circulação. Em fevereiro, o crescimento foi de 24,2%, em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas também aumentaram, 10,3%. E, em 2021, o faturamento chegou a R$ 159,2 bilhões.
Para o psiquiatra Ilton Castro, o brasileiro precisa equilibrar as necessidades financeiras aos anseios de bem-estar.
“Quando estamos focados só nos problemas, o estresse aumenta e muitas vezes, a solução se torna mais difícil. É possível encontrar válvulas de escape, que ajudem em distrações que amenizem as pressões do momento, estar em família, fazer uma caminhada, pode não exigir custos, mas valem muito para a saúde emocional”, orienta o psiquiatra Ilton Castro.

Ilton Castro é formado pela Faculdade de Medicina do Vale do Aço (MG). Cursou psiquiatria no Hospital Naval Marcílio Dias. Tem especialização em idosos e medicina do sono. Atua em Macaé, Rio das Ostras e todo o Brasil por atendimento online.

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