Pedro Bentancourt: “Os países da América Latina precisam melhorar suas regulamentações para oferecer às pessoas um futuro digital para todos”

Cidade do México, 6 de junho de 2024 – O vice-presidente de Assuntos Econômicos, Externos e Regulatórios da Vrio Corp., Pedro Bentancourt, ressaltou que a América Latina poderá entrar na era digital, que já domina o mundo “quando os países evoluírem as regulamentações que atualmente atuam como contrapeso, tanto aos investimentos quanto à sustentabilidade do setor”, cenário que hoje posiciona o Brasil na vanguarda regional.

“Passos encorajadores estão sendo dados na região e o Brasil avançou com uma medida para definir o rumo: por meio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que reconheceu a existência de um mercado expandido, que inclui TV por assinatura e streaming”, disse o representante da Vrio Corp., controladora da DIRECTV América Latina e da SKY Brasil.

Bentancourt conversou com representantes da indústria e reguladores de vários países durante sua participação no 11º Congresso Latino-Americano de Transformação Digital (CLTD), realizado na Cidade do México para promover debates sobre políticas para o futuro digital da América Latina.

O executivo participou do painel “Regulamentação preparada para o futuro: o usuário no centro do novo ecossistema digital”, moderado pelo chefe de Serviços da Cullen International, André Moura Gomes.

Diante de um auditório lotado no Hyatt Regency, Bentancourt comentou que o Brasil iniciou um longo caminho para promover “reformas históricas que tendem a equalizar as condições de competitividade no mercado audiovisual considerando os desafios impostos pela realidade tecnológica de extrema convergência na prestação de serviços entre empresas de TV por assinatura, plataformas de streaming e outros mecanismos que entregam vídeo e entretenimento”.

“A medida implementada pelo Brasil é um exemplo para os demais países da América Latina, onde há oportunidade de reduzir ou eliminar assimetrias nas leis, que hoje ameaçam a transformação digital e a inclusão”, comemorou Bentancourt.

Durante o painel onde foram analisados os desafios que o novo ambiente digital traz para a sociedade, Bentancourt lembrou que colocar o usuário no centro também significa apoiar os mais necessitados com programas de subsídio de demanda, alocando recursos diretamente às pessoas, e compartilhou com os presentes um estudo sobre o tema elaborado pela VRIO com contribuições de consultores. “Em paralelo à modernização regulatória temos que incluir aqueles que estão na lacuna de acesso, isso significa apoio direto aos mais pobres”, frisou.

Participaram também do debate Maryleana Méndez, secretária-geral da Associação Interamericana de Empresas de Telecomunicações (ASIET), Lizania Pérez, secretária executiva da Comissão Técnica Regional de Telecomunicações (Comtelca); Horacio Romanelli, diretor de Assuntos Regulatórios e Sustentabilidade da Millicom; Ramiro Camacho, comissário do Instituto Federal de Telecomunicações do México (IFT), e Ana Eugenia Rodríguez, da Diretoria de Concorrência e membro suplente do Conselho de Administração da Superintendência de Telecomunicações da Costa Rica (SUTEL).

A agenda da edição de 2024 do CLTD trouxe para o debate novas regras necessárias para o ecossistema digital ao serviço do usuário, ações chaves para incentivar o investimento e maximizar as oportunidades socioeconómicas da digitalização e garantir o melhor desenvolvimento da indústria das telecomunicações.
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