Parem de falar. E façam alguma coisa!”: crianças cobram negociadores da COP28 por ações concretas para combater a crise climática
As reuniões da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas vão ter uma participação diferente este ano: além dos tradicionais representantes engravatados dos Estados membros da ONU, serão ouvidos 25 depoimentos de crianças de 12 países. Elas contam como sua vida vem sendo impactada por eventos climáticos extremos e cobram ações efetivas das autoridades. Os filmes foram produzidos pelo UNICEF e pelo Alana, e desenvolvidos pela agência Fbiz. A COP28 vai até o dia 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes.
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Assista aos filmes aqui.
As crianças são as mais impactadas pela emergência climática e representam um terço da população mundial (cerca de 2,2 bilhões de pessoas), sendo que metade delas (mais de 1 bilhão) vive hoje em locais expostos a severos riscos climáticos, especialmente no Sul Global. Hoje, no mundo, mais de 1 em cada 4 mortes de crianças menores de 5 anos são atribuíveis a ambientes insalubres. Apesar disso, as crianças não participam nem são levadas em consideração nas agendas e negociações da COP, que definirão suas vidas. Em mais de 30 anos desde a entrada em vigor da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, também conhecida pela sigla UNFCCC, nunca houve uma decisão centrada na proteção de crianças e adolescentes.
“Quando falamos sobre mudanças climáticas, estamos falando sobre crianças. Precisamos proteger o futuro delas — é simples assim. Os depoimentos poderosos dessas crianças precisam ser a última coisa que os negociadores vão ouvir antes de entrarem nas negociações que determinarão em que tipo de mundo elas crescerão. Só podemos esperar que eles escutem”, diz Gautam Narasimhan, líder global da UNICEF para questões sobre mudança climática.
“As crianças não são apenas vítimas, elas também têm contribuído ativamente como agentes de mudança. Temos visto crianças se levantarem ao redor do mundo e pressionarem por soluções. Elas têm o direito de participar das decisões”, diz JP Amaral, gerente de Natureza do Alana. Na COP28, elas serão vistas e ouvidas nos espaços mais influentes, como o Evento dos Líderes: Juventude e Educação – A Força Latente da Ação Climática, às 9 horas, dia 2 de dezembro, e também no domo do Al Wasl Plaza, em Dubai, no dia 8 de dezembro.
Nos filmes, que fazem parte do projeto “O que importa” (“The important Stuff, em inglês) crianças de Madagascar, Somália, Sérvia, Austrália, Paquistão, Cazaquistão, Malásia, Estados Unidos, Barbados, Egito, Emirados Árabes e Brasil expressam com espontaneidade suas preocupações genuínas e clamam por soluções imediatas dos principais líderes do planeta. Os depoimentos surgiram a partir da pergunta “Você acha que os adultos estão fazendo o suficiente para ajudar a resolver os problemas das mudanças climáticas”? As crianças foram taxativas em suas respostas:
“Gostaria de dizer que sim, mas não estão”, Yehansa (Austrália);
“Acho que os adultos não fazem nada em relação às mudanças climáticas”, Hidaya (Somália);
“Parem de brigar e vamos nos concentrar no que realmente importa”, Sadie (Estados Unidos);
“Se vocês continuarem queimando, a gente vai morrer nesse calor”, Raoni (Brasil);
“Já somos pobres e se as alterações climáticas continuarem, estaremos realmente em apuros”, Lova (Madagascar);
“Diria para eles se esforçarem mais”, Lamar (Egito);
“Sem ofensas, mas vocês só têm mais alguns anos de vida, enquanto eu tenho apenas 11 anos e quero viver a minha vida!”, Aleema (EUA);
“Parem de pensar e façam algo de uma vez por todas”, Laila (Barbados);
“As mudanças climáticas arruinaram minha vida”, Anja (Sérvia).
De acordo com Carla Cancellara, diretora-executiva de Criação da agência Fbiz, os filmes representam a materialização da criatividade a serviço de uma causa que realmente importa: “O desafio foi traduzir de fato o propósito de dar voz às crianças. Isso implicou em não fornecer um roteiro para que elas memorizassem e reproduzissem, mas em transformar suas próprias reflexões em filmes originais. Além de conseguir fazer as costuras necessárias para obter narrativas representativas de regiões e realidades ao redor do mundo, unindo-as num resultado final que fizesse sentido”, afirma.
As imagens foram captadas com a colaboração dos escritórios locais do UNICEF. No caso do Brasil, a direção foi conduzida por Gabriela Brigagão e Dyego Barbosa Figueiredo, com apoio do Estúdio Dead Pixel. Houve filmagens tanto no Jardim Pantanal, bairro do extremo leste de São Paulo, quanto em Alter do Chão, no Pará. A produtora geral de som é a Mission Music.
Ficha Técnica
Título dos filmes: Projeto “O que importa”
Anunciante: Alana
Produto: COP28
Agência: Fbiz
CEOs: Fernand Alphen e Paulo Loeb
Diretor Executivo de Criação: Carla Cancellara
RTVC/Artbuyer: Aline Fernandes
Criação: Ryan Bussi, Gustavo Cavinato, Rafael Britzki, Rafael Dias, Gustavo Verçosa
Conteúdo: Carolina Monterisi, Camila Bevilacqua, Lara Alfieri, Rodrigo Torres
Mídia: Gabriela Amato, Nathan Adelino
Tradução: Renata Garcia
Revisão: Beatriz Bezerra e Maria Julia Nascimento
Negócios: Lara Magalhães, Juliana Passini, Thiago Segundo, Ygor Attie
PR (Alana): Regiane Oliveira, Myrian Vallone, Belisa Barga
PR (Fbiz): Otávio Almeida, Maria Fernanda Pereira
Comunicação Interna e Linguagem: Eliane Arakaki
Produtora de Vídeo: Dead Pixel
Direção: Gabi Biga, DYG Midnight
Produção Executiva: Gustavo Michelucci
Atendimento: Adriana Mamprin
Direção de Fotografia: Thyago Ribeiro
Operadores câmera: Paula Coradini, Cristiano Santa Cruz, Carlos Taparelli
Som direto: Rafael “Cumis”
Drone: Cristiano Santa Cruz, João Romano
Produção de Casting: Caca Oliveira
Diretora de Produção: Adriana Mamprin
Produção local (Alter do Chão): Eliane Coelho
Montagem: Nacho Martin
Assistente de edição: Pedro Padin
Color: Junior Xis
Motion: Rodrigo Dutra
Finalização: Nacho Martin
Produtora de Som: Mission Music
Produtores: Gabriel Soster e Marcelo Dino
Técnico de som: Cblau
Atendimento Produtora de Som: Sabrina Geraissate e Iara Pertusi
Sobre o Alana
O Alana é um grupo de impacto socioambiental que promove e inspira um mundo melhor para as crianças. Um mundo sustentável, justo, inclusivo, igualitário e plural. Um mundo que celebra e protege a democracia, a justiça social, os direitos humanos e das crianças com prioridade absoluta. Um mundo que cuida dos seus povos, de suas florestas, dos seus mares, do seu ar. O Alana é um sistema de três esferas interligadas, interdependentes, de atuação convergente, orientadas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O encontro de um Instituto, uma Fundação e um Núcleo de Negócios de Entretenimento de Impacto. Um combinado único de educação, ciência, entretenimento e advocacy que mistura sonho e realidade, pesquisa e cultura pop, justiça e desenvolvimento, articulação e diálogo, incidência política e histórias bem contadas.
Sobre a Fbiz
A Fbiz nasceu no mundo digital em julho de 1999 e se tornou rapidamente uma das principais agências de publicidade do País. Com 24 anos de história, hoje atende clientes como Alana, Conta Black, Google Ads, Google Cloud, Instituto Maria da Penha, Jeep, RAM, Samsung, TOTVS, Visa, Warner com 100% de foco nas frentes de branding, e-commerce, performance e B2B. Em 2011, a Fbiz teve 70% do seu capital adquirido pelo Grupo WPP, o maior conglomerado de comunicação do mundo. Em 2022 e 2023, a agência foi certificada como um dos melhores lugares para se trabalhar, de acordo com a consultoria global Great Place to Work (GPTW).
Sobre o UNICEF
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) foi criado no dia 11 de dezembro de 1946, por decisão unânime da Assembleia Geral da ONU, para fornecer assistência emergencial a milhões de crianças no período pós-guerra na Europa, no Oriente Médio e na China (Resolução 57 da Assembleia Geral da ONU). Em 6 de outubro de 1953, tornou-se órgão permanente do sistema das Nações Unidas e teve seu mandato ampliado para chegar a crianças e adolescentes em todo o mundo (Resolução 802 da Assembleia Geral da ONU). Em 1965, o UNICEF recebeu o Prêmio
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