NOVO FILME DE CAROLINE FIORATTI FAZ SUA ESTREIA BRASILEIRA NA 47ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA EM SÃO PAULO
Caroline Fioratti lança MEU CASULO DE DRYWALL, um longa-metragem autoral, que fez sua estreia mundial no começo do ano no festival americano South by Southwest, SXSW, e agora terá sua première no Brasil na 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que acontece entre 18 de outubro e 01 de novembro. O longa é uma produção da Aurora Filmes, em coprodução com a Haikai Filmes. A distribuição é da Gullane.
“Eu frequento a Mostra desde os meus 14 anos – hoje estou com 38. Ela faz parte tanto da minha formação como cineasta como também da minha formação humana, uma vez que abriu janelas para que eu conhecesse narrativas e conflitos de diversas partes do mundo. Me sinto privilegiada de poder estrear nacionalmente o meu longa-metragem nessa grande celebração do cinema. Ainda mais sendo um filme que fala muito sobre a cidade de São Paulo”, relata a diretora que já exibiu um curta, “A Grande Viagem”, na 35ª edição da Mostra de SP.
O filme acompanha 24 horas na vida de personagens confinados em um condomínio. Tudo começa em uma grande festa na cobertura para comemorar os 17 anos de Virgínia, mas conforme as relações vão se desenrolando, o perigo de uma tragédia se torna iminente. Mãe, pai, amigos, namorados, todos são implicados nessa trama. O filme é um thriller social que traz no elenco Maria Luísa Mendonça, Bella Piero, Michel Joelsas, Mari Oliveira, Daniel Botelho e Caco Ciocler numa participação especial.
A diretora, que também assina o roteiro, investiga nessa obra o fenômeno de condominização das cidades e como isso tem alterado as dinâmicas afetivas. “eu tento refletir sobre o conceito de proteção, sobre os muros reais e simbólicos. Será que estamos protegidos ou criando prisões? Estamos o tempo todo vigiando e sendo vigiados. Criando mundos aparentemente perfeitos, instagramáveis, mesmo que com filtros de felicidade e palmeiras plantadas no concreto. Minha ideia aqui é falar sobre o adoecimento contemporâneo”, disse em entrevista. Ela explica que a intenção com o longa não é uma simples crítica, mas sim um caminho para a compreensão: “Eu me incluo nessa discussão, pois a vida em condomínio faz parte da realidade que eu vivencio em São Paulo. Faz parte do cenário de desigualdade urbana das grandes cidades brasileiras. MEU CASULO DE DRYWALL é um grito silencioso, principalmente da juventude, que quer romper as paredes do próprio casulo e ganhar asas para voar além dos muros”, explica.
Fioratti trabalhou no filme por 10 anos, desde a primeira versão até a estreia no SXSW. O primeiro argumento nasceu de sua vontade de discutir dores da sua própria adolescência, porém, como as gerações mudam muito rapidamente, a cineasta sempre se manteve atenta às transformações para que o filme continuasse atual. Sua experiência em fazer obras para o público jovem a ajudaram nesse processo. “Apesar de cada pessoa ter seu caminho individual de metamorfose, a dor pode ser compartilhada, e o processo de escuta, empatia e consciência é uma forma de fortalecimento. Realizar um filme, contar uma história, unir pessoas em torno de um projeto, é o meu jeito de ressignificar certas dores individuais e coletivas. Eu me fortaleço realizando esse filme para quem sabe outros também possam se fortalecer ao assistirem”, conclui. MEU CASULO DE DRYWALL será lançado no Brasil pela distribuidora Gullane. |
Sinopse Ficha Técnica Uma produção Aurora Filmes Em coprodução com a Haikai Filmes Distribuição: Gullane Distribuition Produção: Rui Pires e André Montenegro Coprodução: Caroline Fioratti Direção: Caroline Fioratti ok Roteiro: Caroline Fioratti Elenco: Maria Luisa Mendonça, Bella Piero, Michel Joelsas, Mari Oliveira, Daniel Botelho, Caco Ciocler, Débora Duboc, Flávia Garrafa, Marat Descartes, Lena Roque Direção de Fotografia: Helcio Alemão Nagamine Montagem: Leopoldo Joe Kanata Direção de Arte: Monica Palazzo Figurino: César Martins Caracterização: Natie Cortez Som Direto: Fred França Desenho de Som e Mixagem: Ricardo Reis Supervisão de Edição de Som: Miriam Biderman Música Original: Flavia Tygel Produção de Elenco: Diogo Ferreira Preparação de Elenco: Tomás Rezende Direção de Produção: Lia Rezende Produção Executiva: Rui Pires e André Montenegro |
Sobre Caroline Fioratti Caroline Fioratti é roteirista e diretora, formada em cinema pela FAAP. Iniciou no mercado como roteirista e logo começou a trabalhar também como diretora. Após diversos curtas, assinou a direção e roteiro do filme, Meus 15 Anos. Paralelamente, criou, roteirizou e dirigiu a minissérie A Grande Viagem (TV Brasil), indicada ao International Emmy Awards – Kids 2018. Com o interesse de explorar gêneros diversos, Caroline dirigiu as duas temporadas da série médica, Unidade Básica (Universal Channel/ Globoplay), roteirizou o filme de esporte 4×100 – Correndo Por Um Sonho; e dirigiu o longa-metragem de comédia Amarração do Amor. Recentemente, com a chegada dos streamings, Caroline dirigiu a série young adult, Temporada de Verão, para a Netflix, e fez a direção geral da série policial investigativa, Os Ausentes, para a HBOMax. Em 2023, estreou Um Ano Inesquecível – Inverno, primeiro filme original da Amazon Prime Video e o seu longa-metragem autoral, Meu Casulo de Drywall, no prestigiado festival SXSW. Sobre Aurora Filmes Aurora Filmes é uma produtora audiovisual fundada em 2006. Com projetos nacionais e internacionais voltados para cinema e TV, suas produções são aclamadas por crítica e público e já participaram de festivais como Festival de Cannes, Berlinale, Locarno Festival, Festival Internacional de Cinema de Rotterdam, Festival Cinélatino, Encontros de Toulouse, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Festival do Rio, entre outros. Em 2017, a Aurora Filmes lançou seu mais recente longa-metragem, Era O Hotel Cambridge (Eliane Caffé, 2017), que recebeu os prêmios de pós-produção e finalização Hubert Bals Fund e Cine en Construcción/Prêmio da Indústria do Festival de San Sebastián, e as séries de TV Axogun (5 eps. 26 min) e A Grande Viagem (13 eps., 26 min), indicada ao Emmy Kids Internacional. Seus próximos lançamentos, previstos para 2020, são: O longa metragem “Sobre Girassóis” (dirigido por Caroline Fioratti), longa-metragem Meu Último Desejo (dirigido por Arnaldo Jabor) e o documentário Para Onde Voam as Feiticeiras (dirigido por Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral) Sobre a Gullane A Gullane é uma das maiores produtoras e incentivadoras do mercado audiovisual brasileiro, além de uma das principais exportadoras de obras independentes. Fundada em 1996 pelos irmãos Caio Gullane e Fabiano Gullane, já soma em seu catálogo mais de 50 filmes lançados com destaque no cinema nacional e no exterior e 30 séries para televisão e plataformas digitais. Entre os filmes e séries de destaque estão “O Rio do Desejo”, “Carandiru”, “Bicho de Sete Cabeças”, “A Última Floresta”, “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”; a franquia “Até que a Sorte nos Separe”; “Que Horas ela Volta?”, “Como Nossos Pais”, “Bingo – o Rei das Manhãs”; as séries “O Rei da TV” (Star+), “Alice” e “Hard” (HBO), “Unidade Básica – 1a e 2a temporada” (Universal Canal), “Carcereiros” (Globoplay), “Irmãos Freitas” (Space e Amazon Prime), “Ninguém Tá Olhando” e “Boca a Boca” (Netflix), “O Rei da TV” (Star+). Já coleciona mais de 500 prêmios e seleções em importantes festivais de cinema e televisão do Brasil e do mundo como Mostra de Cinema, Festival do Rio, Cannes, Veneza, Berlim, Sundance, Toronto, MIPTV e Emmy. |
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