Considerado um dos prédios icônico e um dos mais luxuosos e categoria cinco estrelas da cidade de Nova York, o Plaza Hotel mudará de proprietário nos próximos dias. Os compradores são Shahal Khan, fundador do White City Ventures, empresa de gestão familiar, com sede em Dubai, Emirados Àrabes e Kamran Hakim, da Hakim Organization. Os sócios no hotel vão pagar U$ 600 milhões.

A transação será concluída em 25 de junho deste ano. Segundo informou Shahal Khan foram três anos de negociações e os sócios estão eufóricos com a compra. A compra foi divulgada na quinta-feira, imprensa americana.

Segundo comentários nas rodas de negócios de Nova York, dois bilionários britânicos, Mulbai David e Simon Reuben, tambpem nascidos em Dubai, teriam emprestado aos compradores do Plaza Hotel cerca de U$ 415 milhões para o negócio, quase 70% do valor do imóvel. O porta-voz dos britânicos não confirmou a transação.

Esta não foi a primeira vez que o The Plaza Hotel mudou de proprietários. Confira a história do Hotel:

A construção do primeiro Plaza Hotel neste local começou em 1883, no site do New York Skating Club. Os construtores ficaram sem dinheiro, e a Companhia de Seguros de Vida de Nova York encerrou e contratou os arquitetos mais famosos da época, McKim, Mead & White, para concluir o hotel, que finalmente foi inaugurado em 1º de outubro de 1890. Logo se tornou aparente que o primeiro hotel era pequeno demais, e foi demolido em 1905. Um novo e maior Plaza Hotel, um edifício em estilo château renascentista francês projetado por Henry Janeway Hardenbergh, foi construído em vinte e sete meses a um custo. de US $ 12,5 milhões, abrindo para o público em 1 de outubro de 1907.  Quando o hotel abriu, um quarto no Plaza Hotel custava apenas US $ 2,50 por noite, o equivalente a US $ 65,66 em 2017. O mesmo quarto custava mais de US $ 1 mil por noite em 2001. O hotel mostrou-se tão popular que um enorme anexo de 300 quartos foi adicionado ao hotel ao longo da 58th Street, de 1920 a 1921.

Conrad Hilton comprou o Plaza Hotel por US $ 7,4 milhões em outubro de 1943 (equivalente a US $ 105 milhões em 2017) e gastou US $ 6 milhões (equivalente a US $ 84,9 milhões em 2017) para renová-lo. Hilton vendeu o hotel dez anos depois, em 1953, ao industrial de Boston A.M. “Sonny” Sonnabend por US $ 16 milhões. Hilton vendeu o Plaza para arrecadar fundos para a construção do Beverly Hilton, mas imediatamente alugou o Plaza de volta por dois anos e meio, e depois outros quatro quando o contrato expirou.Sonnabend tornou-se presidente da The Childs Company, uma rede de restaurantes nacional, dois anos depois, e Childs comprou o The Plaza em 18 de novembro de 1955 por US $ 6,2 milhões em ações (equivalente a US $ 57,8 milhões em 2017). Childs tinha parceria no desenvolvimento do vizinho Savoy-Plaza Hotel,  (agora o local do Edifício General Motors). A Sonnabend criou o Hotel Corporation of America (HCA) em 1956,  para alavancar as perdas fiscais de Childs.  A HCA assumiu a administração da Plaza do Hilton em janeiro de 1960. HCA mudou seu nome para Sonesta International Hotels em 1970. [10] A Sonesta vendeu o Plaza para a Western International Hotels em 1975 por US $ 25 milhões (equivalente a US $ 114 milhões em 2017).  Western International mudou seu nome para Westin Hotels em 1980

A Westin vendeu o The Plaza para Donald Trump por US $ 390 milhões em 27 de março de 1988  (equivalente a US $ 807 milhões em 2017). Trump comentou sobre sua compra em uma carta aberta de página inteira no The New York Times: “Eu não comprei um prédio, eu comprei uma obra-prima – a Mona Lisa. Pela primeira vez na minha vida, eu conscientemente fiz uma negócio que não era econômico – pois eu nunca posso justificar o preço que paguei, não importa o quão bem sucedido o Plaza se torne. ” Trump instalou sua esposa, Ivana Trump, como presidente do hotel. Depois de US $ 50 milhões em reformas, o hotel estava obtendo uma renda operacional saudável, mas não o suficiente para fazer os pagamentos de sua pesada carga de dívidas . Trump fez planos para pagar a dívida do hotel, vendendo muitas de suas unidades como condomínios. Em vez disso, foi feito um acordo para que os credores do Plaza, um grupo de bancos liderados pelo Citibank, assumissem uma participação de 49% no hotel em troca de um perdão de US $ 250 milhões em dívidas e uma redução da taxa de juros. O acordo foi apresentado como uma falência pré-embalada em novembro de 1992

Em 1995, a CDL Hotels International e o príncipe saudita Al-Waleed bin Talal compraram uma participação majoritária no Plaza em um acordo que a avaliava em US $ 325 milhões (equivalente a US $ 522 milhões em 2017).

O hotel foi vendido em 2004 por US $ 675 milhões (equivalente a US $ 875 milhões em 2017) para a El Ad Properties, uma empresa israelense de propriedade de Manhattan.  El Ad comprou o hotel com planos de adicionar seções residenciais e comerciais. Como o Plaza Hotel é um marco em Nova York, a Tishman Construction Corporation, a empresa de gerenciamento de obras contratada para concluir as reformas e conversões, teve que cumprir os regulamentos mais importantes.  O El Ad encerrou temporariamente o Hotel Plaza em 30 de abril de 2005, para renovações extensivas que custam US $ 450 milhões.  A partir de maio de 2005, o conteúdo do Hotel Plaza foi disponibilizado ao público através de uma liquidação.

Reabriu em 1 de março de 2008, oferecendo 282 quartos de hotel e 152 unidades de condomínio privado; é gerido pela Fairmont Hotels and Resorts. O varejista de diamantes Lev Leviev fez o primeiro lance para um apartamento no Plaza por US $ 10 milhões. A maioria das unidades do condomínio são geralmente vazias, usadas como pieds-à-terre por seus proprietários ricos.

Em novembro de 2008, o Plaza Hotel revelou sua coleção de varejo, um shopping subterrâneo com marcas de luxo como Vertu e Demel Bakery (fechadas em março de 2010), uma empresa austríaca. Em 2010, o Plaza Food Hall abriu no shopping subterrâneo, ancorado pelo The Todd English Food Hall em colaboração com o Chef Todd English.

Em 31 de julho de 2012, o grupo empresarial indiano Sahara India Pariwar concordou em comprar 75% do controle acionário por US $ 570 milhões da El Ad Properties. A participação inclui 100 das 150 unidades de condomínio do hotel da Plaza e uma porção de varejo que inclui o bar The Oak Room.

Em agosto de 2014, Subrata Roy, da Sahara, anunciou que estava procurando um comprador para a participação majoritária de sua empresa no Plaza, juntamente com participações semelhantes no Dream Hotel, em Nova York, e no Grosvenor House Hotel, em Londres. Um preço de US $ 4 bilhões foi colocado na estaca Plaza. A especulação de que o sultão Hassanal Bolkiah de Brunei seria o comprador foi anulado pelo sultão.

Em 2016, o empresário saudita Al-Waleed Bin Talal, que já controlava uma participação de 50% na área de hotelaria, restaurante e varejo do prédio através de sua Kingdom Holdings, fez uma parceria com a Qatari Investment Authority para comprar o hotel, mas o negócio caiu. Ele fez uma nova parceria em 2017 com a Ashkenazy Acquisition Corp em outra tentativa de comprar o controle da estrutura.