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Robinho é preso em Santos após STJ decidir que ex-jogador deve cumprir pena por estupro no Brasil

 

 

O ex-jogador brasileiro Robinho foi preso nesta quinta-feira, em Santos (SP). A decisão veio após mandado da Justiça Federal, no dia seguinte à determinação do STJ para que cumpra a sentença no Brasil. Ele foi condenado a nove anos em regime fechado por estupro, após condenação na Itália.

 

A Justiça Federal de Santos recebeu o ofício do Superior Tribunal de Justiça à tarde e já no início da noite expediu o mandato de prisão. O ex-jogador foi encaminhado para a sede da Polícia Federal na cidade horas depois. A defesa de Robinho vai apresentar recurso no STF para tentar reverter a decisão do STJ.

Fux negou

Os advogados do ex-jogador tentaram reverter a decisão com um habeas corpus no Superior Tribunal Federal (STF), para que Robinho aguardasse os recursos do processo em liberdade. O ministro Luiz Fux negou.

Relembre o caso

Robinho e mais cinco amigos foram denunciados pelo estupro de uma mulher albanesa, cuja identidade não foi revelada. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, na boate Sio Cafe, em Milão, na Itália. Dentre os colegas, apenas ele e Ricardo Falco foram condenados.

Os outros quatro amigos de Robinho haviam deixado a Itália durante as investigações. A Justiça do país não os encontrou para serem notificados para a audiência preliminar, ocorrida em 2016. Assim, o juiz separou os casos.

O Tribunal de Apelação de Milão confirmou a condenação em 2020, mas como cabia recurso, Robinho permaneceu em liberdade e voltou ao Brasil. Em 2022, ele foi condenado na terceira e última instância a nove anos de prisão.

Robinho nega estupro

Em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record, exibida no dia 17 deste mês, ele negou que estuprou a albanesa. Ele admitiu que errou ao trair sua esposa e beijar a mulher que o acusa de abuso, mas que o envolvimento dos dois não foi além disso.

“Nunca fui santo, mas o fato de ter sido irresponsável e inconsequente não significa que sou criminoso”, falou o ex-jogador na conversa com Carolina Ferraz. Ele ainda afirmou que foi condenado por causa de um suposto racismo da Justiça italiana e que reuniu todas as provas de sua inocência.

POR: Rita Moraes
Publicado em 22/03/2024