Esposa de Mauro Cid, ex-Ajudante de de Jair Bolsonaro “sugere” que o ex-Presidente orientou” caminhoneiros na invasão à Brasilia
Não só pessoas do entorno imediato de Jair Bolsonaro conspiraram contra a democracia no Brasil, como esposas e filhas de militares trocarem mensagens tramando um golpe de Estado. Gabriela Cid, mulher de Mauro Cid, e Ticiana Haas Villas Bôas, filha do general Eduardo Villas Bôas, aparecem em conversas via Whatsapp encontradas pela Polícia Federal incentivando uma invasão em Brasília com a participação dos caminhoneiros.
As conversas “sugerem” que o ex-Presidente Jair Bolsonaro dialogava com os caminhoneiros e teria orientado o movimento de deles em Brasília.
Um dos diálogos registrado é uma conversa entre Gabriela Cid (esposa do Mauro Cid) e Ticiana Vilas Bôas, filha do ex-Comandante do Exército Eduardo Vilas Bôas, dia 2 de novembro de 2022.
Gabriela defende a exigência de “novas eleições com voto impresso” e afirma ser necessário “pressionar o Congresso”. Ticiana responde: “Ou isso, ou a queda do Alexandre de Moraes.
Em outro trecho da mesma conversa Ticiana fala que o “EB” – uma possível referência ao Exército Brasileiro – deveria “mandar alguém falar com os cabeças dos caminheiros e dizer quais têm que ser a reivindicação deles”.
“Sim, estão falando em intervenção federal. Mas tem que ser impeachment, novas eleições com voto impresso”, responde Gabriela.
Ticiana diz que isso não aconteceria porque “até segunda ordem a coisa foi democrática” e que “os caminhoneiros têm que parar, sem obstruir” as vias. Ela ainda insiste que “alguém tinha que falar com eles”.
Gabriela responde: “Sim! Foi o que pediu o presidente. E acho que todos que podem têm que vir para Bsb [Brasília]. Invadir Brasília como no 7 de set e dessa vez o presidente com toda essa força agirá”.