Mortes na Taça Libertadores: Uma adolescente de 18 anos e um rapaz perderam a vida

Mortes na Taça Libertadores: Uma adolescente de 18 anos e um rapaz perderam a vida

Vídeo: Jogo da Libertadores termina com duas mortes e invasão de campo

Dois torcedores morreram na quinta-feira antes do jogo para a Taça Libertadores de futebol entre Colo Colo e Fortaleza, nos arredores do Estádio Monumental, em Santiago, confirmaram as autoridades chilenas.

Cerca de uma centena de torcedores fanáticos tentou forçar a entrada no recinto, tendo a polícia intervindo para conter esta invasão. Nessa ação de força, foi derrubada uma barreira, atingindo as duas vítimas.

Barbara Pérez, irmã de uma das vítimas mortais, disse que uma viatura policial abalroou uma vedação, fazendo que esta caísse sobre a irmã, de 18 anos.

“Ela chegou ao hospital já sem sinais vitais. Tinha um bilhete para o jogo na mão e o seu cartão de identificação”, explicou Barbara Pérez.

O diretor geral da polícia chilena, Alex Bahamondes, confirmou à comunicação social que o agente policial que conduzia a viatura está sob investigação sobre o incidente.

A Garra Blanca, um grupo de adeptos radicais do Colo Colo, confirmou em comunicado que o protesto visou a policia chilena, acusando-a de perseguição e de ter matado os elementos da claque.

“O Ministério Público está a investigar a razão da morte destas duas pessoas. O que sabemos é que um dos gradeamentos esmagou esses dois jovens”, afirmou o procurador Francisco Morales, em declarações aos jornalistas, acrescentando que uma das vítimas morreu no local e outra já no hospital.

Mais tarde, o jogo da segunda jornada do Grupo E da principal competição sul-americana de clubes foi suspenso, quando estavam disputados 72 minutos e o resultado empatado 0-0.

Nessa altura, e sem que tenha sido feita uma ligação direta à morte dos dois jovens, um de 13 e outro de 18 anos, uma claque do Colo Colo encetou um protesto, arremessando objetos para o relvado, enquanto os jogadores do emblema chileno, liderados por Esteban Pavez e Arturo Vidal, pediam o regresso à normalidade, e os do Fortaleza correram para os balneários.

A equipa de arbitragem, liderada pelo uruguaio Gustavo Tejera, interrompeu o jogo, que, mais tarde, acabaria por ser oficialmente suspenso.

Posicionamento da CONMEMBOL

“A CONMEBOL lamenta profundamente a morte dos dois adeptos junto ao Estádio Monumental antes do início do jogo entre Colo Colo e Fortaleza”, lê-se no comunicado do organismo que rege o futebol sul-americano, expressando as “sinceras condolências às suas famílias e amigos”.

Barbara Pérez, irmã de uma das vítimas mortais, disse que uma viatura policial abalroou uma vedação, fazendo que esta caísse sobre a irmã, de 18 anos.

“Ela chegou ao hospital já sem sinais vitais. Tinha um bilhete para o jogo na mão e o seu cartão de identificação”, explicou Barbara Pérez.

O diretor geral da polícia chilena, Alex Bahamondes, confirmou à comunicação social que o agente policial que conduzia a viatura está sob investigação sobre o incidente.

A Garra Blanca, um grupo de adeptos radicais do Colo Colo, confirmou em comunicado que o protesto visou a policia chilena, acusando-a de perseguição e de ter matado os elementos da claque.

 

 

Presidente do Colo-Colo se pronuncia após mortes na LIbertadores

 

presidente do Colo-ColoAníbal Mosa, se pronunciou na madrugada desta sexta-feira (11) após a tragédia que deixou duas pessoas mortas antes do duelo contra o Fortaleza, válido pela segunda rodada da Libertadores. As vítimas, uma jovem de 18 anos e um menino de 13, morreram nos arredores do Estádio Monumental, em Santiago, antes da partida ser suspensa por invasão de torcedores.

“O mais terrível é a perda das duas vidas. Vamos analisar o nosso centenário, a partida e as possíveis sanções. Hoje o mais difícil é a morte desses dois torcedores. E isso nos deixou em choque. Vamos nos colocar à disposição das famílias para ver como podemos ajudar”, declarou Mosa.

O dirigente do clube chileno também criticou a atuação das forças de segurança e cobrou mudanças urgentes. “Vamos conversar com as forças de segurança e a polícia para garantir que esse tipo de coisa não continue acontecendo. Isso não prejudica apenas o Colo-Colo, mas também o país e a harmonia social. Temos que encontrar soluções e definir metas para garantir que isso não aconteça novamente”, afirmou.

Sobre a invasão de campo que interrompeu o jogo, Mosa afirmou que o time trabalha para identificar os responsáveis. “As informações sobre o que aconteceu em campo serão analisadas com frieza. Estamos coletando os nomes, sobrenomes e números de identidade das pessoas que invadiram o campo e impediram a continuação da partida”, explicou.

Após o posicionamento do presidente, o dirigente Edmundo Valladares também se manifestou e criticou a decisão de manter a partida mesmo com a confirmação das morte.

Se existiam antecedentes já verificados de morte ou de um acidente de tal gravidade, não deveria ter se jogado”, lamentou Valladares.

Ele defendeu ainda uma reformulação urgente na política de segurança do futebol chileno. “O que existe hoje está caducado. Precisamos de uma nova institucionalidade, com prevenção, segurança, punição a quem merece e, sobretudo, espaços para que os verdadeiros torcedores possam se manifestar e ajudar a isolar quem não quer o futebol”, completou

Share this post