Ministra da Economia Social causa mal estar político após pousar para a Playboy
Além de comandar um país mergulhado em greves e protestos, o presidente Emmanuel Macron ganhou mais uma outra dor de cabeça: a ministra da economia social e das associações francesas, Marlene Schiappa, será a próxima capa da revista Playboy.
Aos 40 anos, ela também é autora de artigos sobre igualdade de gênero e de livros eróticos. Em uma reportagem de 12 páginas, Marlene falou ainda sobre os direitos das mulheres e da população LGBTQIA+. Ela aparece em fotos sensuais, mas sem nudez.
Além das fotografias, Schiappa também deu uma entrevista sobre direitos – das mulheres, LGBTQIA+ e ao aborto – para a publicação. No Twitter, a secretária de Estado defendeu seu direito de posar para a revista.
A aparição na capa da revista atraiu críticas de colegas políticos, incluindo a primeira-ministra francesa Elisabeth Borne, que disse a Marlene que “não era apropriado”, especialmente neste período tão turbulento que vive a França.
O país registra grandes protestos contra a reforma da previdência, que ampliou de 62 para 64 anos a idade mínima para a aposentadoria aqui na França.
O projeto impopular foi aprovado por Macron, mesmo sem votação no Congresso.
Opositores de Macron acusam o Palácio do Eliseu de criar uma cortina de fumaça com o ensaio sensual da ministra.
Em resposta aos críticos, ela explicou a atitude e disse que embora não tenha problemas com isso, há um contexto para a foto: uma entrevista à publicação na qual falou sobre aborto e direitos das mulheres e das pessoas LGBTQIA+.
Quem é Marlène Schiappa?
- Ministra do governo francês: Ela responde pela pasta da Economia Social e Solidária e Vida Associativa da França
- Feminista e militante: Marlène fez declarações contundentes defendendo a aparição na capa da revista Playboy, dizendo que na Franças as mulheres são livres
- Polêmica: Por ter posado nua, tem sido alvo de críticos em razão do atual momento de tensão política que vive a França