Mesmo lucrando a Spotify anuncia sua terceira rodada de demissões em 2023, com 1,5 mil funcionários afetados

As ações do Spotify subiram mais de 6,8% nas negociações de pré-mercado na manhã desta segunda-feira (4) após anunciar que demitiria cerca de 1,5 mil funcionários. Os cortes fazem parte de um esforço para o serviço de streaming cortar custos em meio à desaceleração do crescimento da empresa.

Nesta manhã, Daniel Ek, CEO do Spotify, enviou um e-mail aos seus funcionários explicando que a empresa havia contratado de forma muito agressiva em 2020 e 2021 e que, por isso, tomaria “medidas radicais para diminuir os custos” – cortando 17% de sua força de trabalho.

A empresa ainda disse que os funcionários desligados devem receber, em média, mais cinco salários mensais como indenização pela rescisão de contrato.

A empresa já fez outras duas demissões em massa em 2023. O Spotify desligou 6% de seus funcionários, aproximadamente 600 pessoas, no início deste ano e outras 200 pessoas perderam o emprego em junho – muitos deles ligados ao setor de podcasts.

Último lucro trimestral do Spotify

O Spotify divulgou, em outubro, um lucro líquido trimestral de 65 milhões de euros, após ficar mais de um ano e meio sem anunciar tais números. Nesse mesmo período, os usuários ativos mensais do Spotify aumentaram 26% e o número de assinantes premium cresceu 16% em um ano.

No início deste ano, o Spotify aumentou o preço de sua assinatura premium mensal no início deste ano em US$ 1. Segundo Daniel Ek, este aumento contribuiu para a receita de suas assinaturas crescer 10%.

CEO afirmou que este é o caminho certo 

“Percebo que, para muitos, uma demissão desta proporção parece exagerada, dado o recente relatório de lucros e o nosso desempenho”, dizia o e-mail do CEO do Spotify. “Embora esteja convencido de que este é o caminho certo para a nossa empresa, também entendo que será extremamente doloroso para a nossa equipe.”