Melasma: aproveite o outono para tratar das manchinhas na pele
Com a chegada do outono e a menor probabilidade de exposição solar, inicia-se uma excelente temporada para cuidar da pele, especialmente tratamentos para o melasma, aquelas manchas acastanhadas que aparecem no rosto e em áreas mais expostas do corpo. Mas, ao mesmo tempo em que o outono é o momento propício para cuidar da doença, pode se tornar uma estação em que ela aparece de maneira crítica. Isso porque, nesse período do ano, geralmente, as pessoas descuidam do uso do protetor e de cremes mais comuns no verão.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), cerca de 35% das mulheres no Brasil têm melasma. A dermatologista Rebeka Sobral conta que a doença crônica multifatorial ainda não tem cura, mas existe uma lista de cuidados que devem fazer parte do tratamento para o controle do melasma, ajudando a clarear a lesão e dar um alívio ao paciente.
Diagnóstico
Ao notar o aparecimento de manchas escuras ou acastanhadas no rosto, principalmente nas regiões da maçã, testa, nariz e lábio superior, o mais indicado é procurar um dermatologista, pois estes, normalmente, são os primeiros sinais que aparecem. A causa do melasma ainda é desconhecida, mas sabe-se que existem múltiplos fatores que podem ocasioná-lo. Entre eles, Sobral elenca: exposição solar sem proteção, hormônios da gravidez, luz visível – também conhecida como luz azul – e uso de pílulas anticoncepcionais.
Existem três categorias diferentes de melasma: epidérmico, quando a formação de melanina se instala apenas na epiderme, primeira camada da pele; dérmico, quando o melasma atinge a camada mais profunda da pele; e misto, quando as manchas afetam tanto a epiderme quanto a derme. Determinar o tipo é essencial para o tratamento. A depender da categoria, o dermatologista pode optar por um tratamento mais fácil ou mais rigoroso.
Tratamento
Rebeka explica que o paciente precisa entender sobre a lesão e aprender a cuidar. A médica, que também tem melasma, aconselha que é muito importante aprender a conviver com a doença. “Quem tem melasma sofre bastante, pois mexe com a autoestima, mas é importante aprender a conviver com o problema. Eu tenho e aprendi a conviver com a lesão. Querer brigar com o melasma é pior, pode piorar ainda mais o quadro”, aconselha.
Além disso, “medidas diárias são necessárias, como cobrir a lesão com protetor com cor, com filtro solar fator 30 (no mínimo), ter disciplina no uso dos dermocosméticos tópicos clareadores prescritos pelo dermatologista e evitar exposição direta ao sol e calor, além do uso de barreiras físicas e de antioxidantes”, enumera. Rebeka ressalta que no consultório é possível realizar peelings e lasers, mas é preciso ter cuidado para que os tratamentos não irritem a pele e piorar o quadro. “Tudo que irrita a pele pode piorar a lesão e causar rebote da mancha”, alerta.
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