Médico que ajudava vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul infarta e está na UTI

Médico que ajudava vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul infarta e está na UTI

 

Walter José Roberto Borges, 50 anos, é o dedicado médico anestesista capixaba, que sofreu um infarto, enquanto prestava ajuda como voluntário às vítimas das intensas chuvas no Rio Grande do Sul (RS).

Natural de Linhares, no Norte do Espírito Santo, sofreu o infarto na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, no início desta semana, enquanto estava na cidade, uma das atingidas pelas enchentes no estado gaúcho. Segundo a família, exames indicam que ele está em estado vegetativo.

Walter viajou com um grupo de médicos devido ao aumento da demanda por profissionais da saúde provocado pelas inundações no estado gaúcho. Borges é morador de Vila Velha, na Grande Vitória.

O anestesista trabalhava em plantões de 48 a 72h na cidade. Eventualmente, depois que realizava o trabalho no hospital, atuava como voluntário ajudando pessoas vítimas da enchente. Mas ele não teria sofrido infarto enquanto fazia atendimento voluntário.

Na última segunda-feira (20), Walter saiu no meio de uma cirurgia no Hospital Universitário de Pelotas, mas não retornou. Segundo o cunhado do médico, Herik Assis, ao procurá-lo, profissionais o encontraram já desacordado, dentro de um banheiro. Apesar de fumar, ele não tinha histórico de problemas de saúde. “Ele passou mais de 8 minutos sem oxigenação. Agora foram diagnosticadas algumas lesões cerebrais que indicam estado vegetativo. Ele é rodeado de médicos na família, e eles se juntaram para pedir uma ressonância, até para a família entender o que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida nele”, afirmou Assis.

Família tenta levar médico para o ES

 

Desde que sofreu o infarto, no dia 20, Borges está internado na Unidade de Terapia Intensiva em um hospital de Pelotas. A família tenta levá-lo para o Espírito Santo, para ser tratado perto da família. “Ele foi para lá entregar o trabalho dele, e agora a gente só quer trazer ele de volta”, contou o cunhado.

Segundo Assis, a equipe médica gaúcha entendeu que mudá-lo de hospital não traria melhora no quadro de saúde e, portanto, não haveria necessidade de transferência. A família, no entanto, tenta conseguir o translado do anestesista, para que possa continuar a ser cuidado pelos familiares. “Ele é nascido e criado aqui. A família dele é do Espírito Santo, e ele está lá. Como família, a gente acha pode fazer alguma coisa. Mas, por ser um paciente do SUS, não conseguimos nem a condição de fazer um deslocamento privado”, relata o familiar.

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