Mais de 1,3 milhão de famílias estão na fila do Auxílio Brasil
A fila de pessoas em situação de extrema pobreza e pobreza em condições de elegibilidade para receber o Auxílio Brasil de R$ 400, programa que substituiu o Bolsa Família em novembro passado, não para de crescer e chegou a 1,3 milhão de pessoas em março, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O número pode ser ainda maior, porque há uma “fila para entrar na fila” do benefício, alerta a Rede Brasileira de Renda Básica (RBRB). São pessoas que sequer conseguem fazer a inscrição no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal nos Centros de Referência e Assistência Social (Cras) dos municípios, responsáveis pelo cadastramento das famílias.
“Hoje, 1,3 milhão de pessoas estão na fila do Auxílio Brasil, inscritas. Elas atendem aos critérios e não entram no programa. Mas existem pessoas que não conseguem sequer entrar na fila, porque não têm acesso ao CadÚnico”, diz Paola Carvalho, diretora de Relações Institucionais da RBRB, acrescentando que o total de cidadãos na pré-fila é difícil de mensurar.
Segundo o Ministério da Cidadania, além de o grupo familiar ter que estar na faixa de extrema pobreza (renda mensal de R$ 105 por pessoa) ou de pobreza (entre R$ 105,01 e R$ 210), é preciso ter em sua composição gestantes ou pessoas com até 21 anos incompletos.