Jovem processa médico da mãe porque ‘não deveria ter nascido

Jovem processa médico da mãe porque ‘não deveria ter nascido

Evie Toombes, uma jovem de 20 anos da cidade de Lincolnshire, na Inglaterra, ganhou o direito de receber uma indenização milionária após processar o médico de sua mãe, Caroline Toombes. A jovem, que nasceu com espinha bífida, uma condição que prejudica a qualidade de vida da criança, alega que nunca deveria ter nascido.

Em decisão inédita na história do Reino Unido, a juíza da Suprema Corte de Londres Rosalind Coe deu ganho de causa para Evie e concedeu a ela o direito de uma indenização. O valor a ser pago ainda não foi calculado, porém, deverá ser bem elevado, podendo chegar a cifras milionárias.

A espinha bífida é uma condição relativamente comum em que a medula espinhal do bebê não se desenvolve durante a gestação. Isso pode acarretar uma outra condição, a hidrocefalia, que é o acúmulo de líquido dentro do cérebro. Isso pode causar um aumento excessivo do crânio e gera problemas no desenvolvimento.

De acordo com Evie Toombes, sua mãe não foi informada corretamente sobre a importância do ácido fólico durante a gravidez. Também conhecido como vitamina B9, ele tem papel importantíssimo durante a gestação, já que pode reduzir o risco de deficiências na coluna vertebral e no cérebro de bebês.

 

Alegações e julgamento

De acordo com o jornal The Sun, Evie Toombes declarou que o médico, Philip Mitchell, falhou em aconselhar sua mãe, Caroline Toombes, sobre a necessidade de tomar ácido fólico antes e durante o início da gravidez. A vitamina é crucial para evitar malformações como a espinha bífida. “Ele me disse que não era necessário. Fui informada de que, se tivesse uma boa dieta anteriormente, não teria que tomar ácido fólico. Ele me disse para ir pra casa e ‘fazer muito sexo’, o que foi muito rude”, relatou Caroline durante o julgamento.

Evie foi diagnosticada com espinha bífida em novembro de 2001, o que limita sua mobilidade e exige que ela dependa de uma cadeira de rodas e de cuidados médicos contínuos, incluindo problemas intestinais e de bexiga. A jovem afirmou que, se sua mãe tivesse sido adequadamente informada, a gravidez poderia ter sido adiada, e Evie não teria nascido com a condição.

Impacto da decisão
A decisão judicial não apenas reconhece a negligência médica, mas também destaca a importância da orientação correta e completa por parte dos profissionais de saúde durante a preparação para a gravidez. O caso de Evie Toombes reforça a necessidade de atenção aos detalhes críticos que podem afetar a saúde do feto e, consequentemente, a vida do indivíduo.

 

 

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