Instituto Avon e Universa divulgam as finalistas do Prêmio Inspiradoras 2023: conheça as histórias para escolher as suas favoritas

O Universa, plataforma de conteúdo feminino do UOL, e o Instituto Avon, organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua na defesa de direitos fundamentais das mulheres, anunciam as finalistas do Prêmio Inspiradoras 2023. A premiação, que ocorre no dia 19 de setembro na Casa Natura, em São Paulo, tem como missão descobrir, reconhecer e dar mais visibilidade a mulheres que lutam para transformar a vida das brasileiras.

A baiana Negra Jhô é uma das finalistas na categoria Empoderamento Econômico. Ela é especialista em cabelereiras e trançadeiras  cabelos crespos e tem salão no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador.

Na sua terceira edição, a iniciativa concentra-se no enfrentamento às violências contra mulheres e meninas, assim como na atenção ao câncer de mama. Além disso, visa promover o progresso científico e incentivar a busca pela equidade de gênero, o empoderamento econômico e a participação cidadã das mulheres. Ao todo, são 21 finalistasem sete categorias: Justiça para Mulheres; Conscientização e Acolhimento; Empoderamento Econômico; Equidade de Gênero e Liderança; Atenção ao Câncer de Mama; Mulheres na Ciência; e Consultora de Beleza.

Além dessas categorias, há a menção honrosa a uma mulher que tenha sido destaque nas áreas de meio ambiente, sustentabilidade e justiça climática, com o desenvolvimento de ações recentes para o enfrentamento à desinformação, ao cerceamento das liberdades, da pluralidade política e dos direitos individuais e coletivos. A pessoa homenageada será conhecida na noite da premiação.

Paulo Samia, CEO do UOL Conteúdo e Serviços, fala sobre a importância do Prêmio Inspiradoras para garantir o devido destaque às ações desenvolvidas por elas. “Vamos para o terceiro ano da parceria entre Universa e o Instituto Avon, certos da relevância desse Prêmio e da importância do UOL nesse projeto: contar a milhares de brasileiros histórias de mulheres poderosas, capazes de mudar a realidade ao seu redor. Iniciativas como essa são inspiradoras e incentivam todos a contribuir para um mundo cada vez melhor”, conclui.
Para Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon, é fundamental reconhecer e incentivar projetos e ações em prol da população feminina. “Temos muito orgulho dessa parceria e dos resultados que ela traz, afinal, os projetos são liderados por mulheres que inspiram e transformam a vida de inúmeras brasileiras. Todas são mulheres cuja história de vida representa uma resposta corajosa e luminosa para diferentes desafios do sofrimento humano”, conclui.

Conheça as finalistas e detalhes de cada categoria

A categoria de Justiça para Mulheres tem o objetivo de reconhecer as mulheres à frente de iniciativas e políticas públicas que contribuam para promover a emancipação feminina, dentro dos sistemas jurídico e legislativo. Entre as finalistas, estão:

• Sibele Lemos – Líder do Coletivo Proteção à Infância Voz Materna, de Porto Alegre (RS), a educadora também atua pela revogação da Lei de Alienação Parental. Em 2020, denunciou a lei brasileira à Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres, da ONU, por violência de gênero;
• Lúcia Xavier – Coordenadora da ONG Criola, no Rio de Janeiro (RJ), que organiza a agenda antirracista para melhorar o acesso da população negra à Justiça. Em abril de 2022, participou do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, em que discursou sobre violência racial e vulnerabilidade de mulheres negras no Brasil;
•  Valéria Scarance – Promotora do Ministério Público de São Paulo, desenvolveu em 2019 a cartilha Namoro Legal, que orienta meninas e mulheres sobre as características de namoros abusivos e violentos. O conteúdo será atualizado e ganhará uma versão em livro ainda em 2023.

Em Conscientização e Acolhimento, que visa destacar as iniciativas de informação, educação e acolhimento para o enfrentamento da violência de gênero, relacionadas à intervenção, prevenção e proteção, as indicadas são:

• Heloisa Melillo – Educadora e diretora executiva do programa Bem Querer Mulher, única entidade no Brasil a oferecer acolhimento 360º a mulheres e meninas vítimas de violência;
• Irmã Marie Henriqueta – Freira ativista que atua em uma rota de tráfico de mulheres e crianças desde 2009, já atendeu mais de 2.500 casos de exploração e violência sexual na região norte do país. Coordena o eixo de violência sexual da Comissão Justiça e Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil no Amapá e no Pará;
• Thamiris Suellen – Militante no Coletivo Mulheres da Luz, que luta pelos direitos de mulheres em situação de prostituição na região central de São Paulo. Cerca de 150 mulheres são atendidas semanalmente pela iniciativa, que distribui preservativos femininos e masculinos e embalagens de gel lubrificante.

Já em Empoderamento Econômico, que apresenta as mulheres à frente de iniciativas de formação, informação e acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade econômica, as finalistas são:

• Aline Odara –Fundadora do Agbara, primeiro fundo de investimento para mulheres negras do Brasil, que já beneficiou mais de 2 mil mulheres negras com mais de 16 mil aportes financeiros e 64 formações técnicas;
•  Karine Vieira – Criadora do Responsa, entidade com o objetivo de inserir e melhorar o processo de contratação de pessoas egressas do sistema prisional. Mais de mil egressos de São Paulo já conquistaram emprego por meio das estratégias da organização;
•  Negra Jhô – Cabelereira baiana, já ajudou inúmeras mulheres a conquistarem independência financeira em seus mais de 40 anos de trabalho social, sobretudo na estética afro. Atualmente, ela capacita detentas e mulheres vítimas de violência.

A categoria Equidade de Gênero e Liderança tem o objetivo de dar visibilidade às iniciativas de representantes do esporte e da cultura que promovam a igualdade de gênero e a autonomia das mulheres. As mulheres que concorrem no Prêmio Inspiradoras são:

• Aline Silva – Lutadora de wrestling e fundadora da ONG Mempodora, que ajuda meninas de comunidades vulneráveis em Cubatão (SP) e em São Luiz (MA) com aulas de luta e cursos de inglês;
• Juliana Vicente – Idealizadora da produtora Preta Portê Filmes, Juliana atua na luta antirracista na indústria do entretenimento e acumula 40 filmes e 100 prêmios em seu portfólio. Atualmente dirige a novela “Terra e Paixão”, da Globo;
•  Luciana Viegas – Ativista que criou o movimento “Vidas Negras com Deficiência Importam!” para debater políticas públicas inclusivas, entrando para a lista da D-30 Desability Impact List de 2022.

Já a de Atenção ao Câncer de Mama destaca as mulheres nas áreas biomédicas, exatas ou humanas que descobriram, desenvolveram e/ou implementaram tecnologias ou metodologias sociais de atenção, atendimento, acolhimento e tratamento relacionados à doença. As indicadas são:

• Livia Lovato Pires – Pesquisadora mineira, é autora de um estudo sobre o racismo estrutural no sistema de saúde. A pesquisa investigou casos de cerca de 60 mil mulheres que começaram tratamento câncer de mama no SUS entre 2008 e 2010, sendo um trabalho pioneiro para a criação de políticas públicas direcionadas às mulheres negras;
• Maria Paula Bandeira – Advogada pernambucana que convive com o câncer de mama metastático, compartilha sua experiência e dá orientações jurídicas sobre o direito das pacientes no Lenço do Dia, perfil no Instagram com mais de 30 mil seguidores;
• Patrícia Chakur – Doutora em educação física pela USP, é atleta e coordena estudos sobre o impacto da atividade física na reabilitação de pacientes que enfrentaram câncer de mama. Além disso, a pesquisadora criou o Remama, com aulas de remo voltadas para esse público na raia olímpica da USP.

Na categoria Mulheres na Ciência, cujo objetivo é destacar mulheres na ciência e academia que criaram tecnologias ou experimentos impactantes para a sociedade e o meio ambiente, as finalistas são:

• Ana Beatriz Rodrigues – Estudante de Física e Matemática da Universidade de Campinas, já fez 43 cursos livres de astronomia e matemática foi vencedora de um prêmio por detectar nove asteroides, durante sua participação no programa de astronomia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em parceria com IASC/NASA;
• Gabriela Bailas – Cientista gaúcha que se dedica a desmistificar a física em seu canal (Física e Afins) com mais de 400 mil inscritos no YouTube. Ainda, é militante contra a propagação de ideias pseudocientíficas e atua fortemente pela abolição da constelação familiar no meio jurídico;
• Jaqueline Goes de Jesus – Biomédica baiana, concluiu o sequenciamento genético completo do novo coronavírus no Brasil em apenas 48 horas (a média nos outros países era de 15 dias). Além disso, faz parte do #TeamHalo, iniciativa internacional de divulgação da ciência.

Por fim, a categoria Consultoras de Beleza reconhece consultoras da Avon e Natura que tenham atuado de forma impactante em ações voltadas para o fortalecimento da saúde, da autonomia financeira e dos direitos relacionados à equidade de gênero, câncer de mama e enfrentamento à violência contra meninas e mulheres. As finalistas são:

• Lisiane Borges – Idealizou o projeto Autoestima Mulher na comunidade quilombola do Limoeira, em Palmares do Sul (RS), reunindo profissionais de saúde e estética em rodas de conversas sobre temas como o empreendedorismo;
• Claudiana Ferreira – Criou o projeto Previne Mulher, em São José da Tapera (AL), que trata da saúde e segurança feminina em ciclos de palestras em escolas e postos de saúde da região. Ainda, é a fundadora da rede online Tapera por Elas, em que mulheres podem buscar ajuda de forma segura;
• Micheli Bocchi – A educadora de Jales (SP) criou uma rede de compartilhamento de informações e fortalecimento da autoestima ao receber o diagnóstico de câncer, aos 29 anos. Desde 2021, já homenageou 24 mulheres em tratamento da doença.

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Sobre o Instituto Avon

O Instituto Avon é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que, este ano, completa 20 anos de atuação na defesa de direitos fundamentais das mulheres, promovendo iniciativas em atenção ao câncer de mama e enfrentamento às violências contra as meninas e mulheres. Por meio de ações próprias e parcerias com instituições da sociedade civil, setor privado e poder público, o Instituto Avon se concentra na produção de conhecimento e no desenvolvimento de projetos que mobilizem todos os setores da sociedade para o avanço das causas. Desde a sua fundação em 2003, o braço social da Avon no Brasil já investiu R＄ 193 milhões em mais de 400 projetos, beneficiando mais de 5,3 milhões de pessoas e engajando mais de 130 empresas em suas iniciativas.